Adufal leva ao Consuni reivindicações dos docentes de Arapiraca

09/04/2012 08:47 - Maceió
Por Redação

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), professor Antonio Passos, participa, nesta segunda-feira (09), às 14h30, na reitoria do Campus A. C. Simões, da reunião do Conselho Universitário (Consuni) que vai tratar, entre outros assuntos, da questão de segurança no campus de Arapiraca.

A inclusão do tema na reunião do Consuni foi solicitada pela Adufal a partir de encaminhamento da plenária da assembleia realizada na última quarta-feira, (04.04), quando as deliberações dos docentes de Arapiraca foram referendadas.

Segundo Antonio Passos, diante dos episódios recentemente ocorridos, urge que o Consuni , órgão superior da Ufal, tome uma decisão no sentido de buscar saídas para garantir a segurança e integridade física da comunidade universitária.

“Professores, técnicos e estudantes se negam a frequentar o espaço até que o problema seja resolvido e, entendemos que eles estão cobertos de razão; afinal o clima de intranquilidade inviabiliza o desenvolvimento das atividades acadêmicas”, advoga.

Conforme expôs o professor, as dependências da Campus Arapiraca e do Presídio Desembargador Luís de Oliveira Souza são muito próximas. O que separa as duas instituições é um frágil muro de blocos de cimento de aproximadamente três metros de altura; e isso acontece somente na parte lateral porque ao fundo a separação é feita apenas por uma cerca de arame.

“Não entendemos que os reeducandos sejam uma ameaça à comunidade, até porque a instituição prisional tem sido objeto de estudo da academia, e muitas pesquisas ali realizadas têm contribuído para a compreensão do que ocorre de fato naquela realidade”, disse o presidente da Adufal. Para ele, além do tumulto gerado com o perigo de morte a que todos foram expostos, o que mais chamou a atenção da comunidade foram as evidências inequívocas da fragilidade da segurança do sistema penitenciário do Estado de Alagoas.

Passos acredita que o Consuni poderá aprofundar a discussão do tema e apresentar soluções. “Nós até reconhecemos que há iniciativas bem intencionadas para solucionar o problema. No entanto, não é de paliativos que precisamos e sim de ações concretas e ágeis”, apontou.

Paralisação ou suspensão das atividades – Há consenso entre os diversos segmentos que formam a universidade de que se faz necessário preservar os direitos administrativos dos professores, funcionários e alunos de Arapiraca, na compreensão de que a paralisação não é um movimento grevista e sim, a suspensão das atividades até que o problema de segurança seja solucionado. Essa é, inclusive, a posição da vice-reitora, Raquel Rocha, que participou da assembleia e se pronunciou favoravelmente à suspensão das aulas no Campus de Arapiraca até que se garanta segurança aos docentes daquela unidade.

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