O médico Luiz Antonio Mansur disse na manhã desta sexta-feira (03) ao Primeira Edição que decidiu permanecer no cargo de diretor do Instituto Médico Legal Estácio de Lima (IML) após um pedido da Secretaria de Estado da Defesa Social. O legista havia anunciado seu afastamento do cargo na última quarta-feira, sob a alegação de dificuldades para conciliar as atividades do órgão com problemas pessoais.

Mansur explicou que vai continuar trabalhando, mas terá que arrumar meios de fazer seu tratamento de saúde. “Tenho uma restrição física. Um problema de saúde que exige um tratamento devido a uma lesão crônica grave. Tenho que me cuidar”, ressaltou.

Ainda conforme o médico, o trabalho no IML tem exigido muito tempo e prejudicado outros compromissos e isso o levou a pedir exoneração do cargo. No entanto, segundo Mansur, ele espera ser compreendido nas suas limitações. “Sou uma pessoa que não gosto de certos arrumadinhos. Gosto de transparência e agir corretamente”, afirmou.

Balanço

Questionado sobre o balanço que pode fazer desse período em que está à frente do Instituto Médico Legal, Luiz Mansur disse que desde o dia em que tomou posse tem apenas se dedicado a resolver problemas emergenciais.

Ele conta que ainda não conseguiu fazer ao menos um levantamento interno. “A situação é muito delicada. São muitos problemas e a gente tenta melhorar, resolver aos poucos”, enfatizou o diretor que assumiu a direção do Instituto após a saída do médico Gerson Odilon.

Sobre o problema do prédio, Mansur informou que estará trabalhando para conseguir a liberação do CCBI – Centro de Ciências Biológicas da Universidade Federal de Alagoas. Ele disse que falta a liberação da UFAL e depois disso a estrutura será adaptada para receber o IML. “Nossa intenção é que tanto os exames de necropsias e exames de conjunção carnal, para detecção de estupro e corpo de delito sejam realizados no prédio do CCBI, que vai acomodar em melhores condições os profissionais”, falou.

Novo prédio

Já em relação ao novo prédio do Instituto Médico Legal Estácio de Lima, o diretor disse que não tem detalhes sobre o que, de fato, emperra a construção do prédio no bairro Tabuleiro. Ele se limitou apenas a informar que são problemas burocráticos que estão sendo resolvidos pelo Estado, uma vez que o IML não tem autonomia para agilizar esse processo.

Atualmente os exames de conjunção carnal, para detecção de estupro e corpo de delito, que estavam suspensos, estão sendo feitos no necrotério do Hospital Sanatório. E os exames de necropsias estão sendo realizados no Serviço de Verificação de Óbito (SVO), no bairro Prado, desde a quarta-feira, dia 01 agosto.