Comer fora de casa está deixando maceioense obeso

No Dia de Combate ao Colesterol, profissional dá dicas de como manter uma alimentação saudável com produtos locais

08/08/2012 13:14

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Marcos Filipe Sousa

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Bares e restaurantes cheios todas as noites. Esta é uma cena comum na capital alagoana. A pressa na hora de comer e a facilidade está prejudicando a alimentação da população, tornando-a mais obesa e com um cardápio rico em colesterol.

Nesta quinta-feira (08) ocorre o Dia de Combate ao Colesterol, data estipulada pela Organização Mundial de Saúde (OMS). A nutricionista e professora da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Sandra Meire, falou com o Primeira Edição e mostrou quais os erros que os maceioenses estão cometendo no hora de se alimentar.

Para a profissional, a população em geral está deixando de lado o cardápio regional. “É fácil a noite você sair com a família e comer uma pizza, comida chinesa ou ir a uma lanchonete e saborear um hambúrguer. Não há esforço, você pede e a comida vem pronta” e continuou: “A macaxeira, a batata e outros alimentos de fácil acesso são ricos em nutrientes, mas estamos deixando de comer”, disse.

Sandra relatou que em uma pesquisa realizada com um grupo de hipertensos e diabéticos se constatou que o típico arroz com feijão está saindo do prato do maceioense. “Da mesma forma frutas e vegetais não estão no nosso carrinho de compras”, colocou. Para ela, a dificuldade que as pessoas possuem em fazer dietas ou começarem a mudar os hábitos alimentares, está ma ideia do uso de produtos caros. “É possível comer bem com produtos da nossa região”, expôs.

Entre as curiosidades contadas pela professora está o valor nutricional da tapioca. “Tão Luciana Martinscomum nas nossas mesas, mas com uma visão errada. A goma consumida adequadamente possui um alto valor nutritivo”.

Sandra ainda alertou os pais para o excesso de óleo na alimentação dos filhos, inclusive das chamadas gorduras trans. “A informação na embalagem é enganosa. O produto está livre da gordura trans em apenas uma porção. Seria cerca de 1%, valor esse estabelecido em portaria do Ministério da Saúde. Mas ninguém como apenas um biscoito, por exemplo”, relatou.

Ela concluiu que a melhor forma de combater o colesterol ainda é o consumo de frutas e verduras, além da prática esportiva.

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