IMA inicia pesquisa sobre variação na temperatura do solo em bairro de Maceió

O órgão ambiental do Estado inicio novas pesquisas nas casas com piso quente. Fase de novos estudos deve durar um semana

09/08/2012 06:26

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IMA com Redação

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Ontem (8), os técnicos do Instituto do Meio Ambiente (IMA) iniciaram uma nova ‘bateria’ de estudos para investigar a alteração da temperatura do solo em residências localizadas no bairro da Ponta Grossa, em Maceió. Dessa vez, com ajuda de especialistas e instrumentos específicos, o IMA escavou entorno das duas casas onde há o aumento da temperatura do piso. Além disso, foram iniciados as visitas nas casas da região, passando um questionário de amostragem.

Segundo Carlos Soares, diretor de Laboratório do IMA, serão abertos buracos em 85 quadrantes determinados no mapa organizado pela equipe do Geoprocessamento. “São sondagens investigativas que deverão levar mais de uma semana para serem concluídas. Na primeira fase são abertos furos para verificar a presença de gases e na sequência furos maiores para medição da temperatura. De modo concomitante, são aplicados questionários nas casas localizadas próximas aos furos”, disse.

AssessoriaA intenção é obter mais subsídios técnicos para produzir um relatório final sobre o fenômeno. “Nunca tínhamos visto um caso semelhante, por isso é preciso indicar as causas mais prováveis para depois ser possível determinar, com mais certeza, a natureza do problema", comentou Carlos dos Anjos, doutor em Geologia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

Nessa quarta-feira, foi feita uma averiguação na região e foram abertos cinco furos. O trabalho continua nos próximos dias, quando continua a abertura dos furos de 10mm, com profundidade entre 1,50m a 1,70m, para verificação da presença de gases. Logo após, no mesmo local, é aberto um furo de 150mm e o calor é medido com auxílio de Termômetro Digital Laser. Após a abertura dos buracos, haverá o monitoramento da temperatura do local, durante três dias.

“A população não precisa se preocupar porque até agora não encontramos indícios de que há gases ou outras substâncias em quantidade suficiente para provocar algum tipo de acidente. Essa pesquisa apontará os motivos prováveis do esquentamento, já que a análise das amostras colhidas nas duas casas apresentou resultados diferentes”, comentou Ricardo César, diretor-técnico do IMA.

Assessoria

Os técnicos também estiveram na segunda casa e constataram que no buraco aberto na sala o calor ainda é intenso: 63°C. Diferente da primeira, onde após 15 dias a temperatura já havia normalizado. O relatório final do trabalho deverá ser apresentando após toda a conclusão do trabalho e análise dos dados levantados.
 

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