Segmentos contrários à adesão do HU a Ebserh prometem recorrer à justiça

Reitor decidiu que 259 servidores terceirizados não serão demitidos

23/12/2012 13:20

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Marigleide Moura

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A polêmica sobre a contratação dos 259 servidores terceirizados do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, em Maceió, não acabou. Na quinta-feira, 20, após o tumulto que suspendeu à sessão plenária do Conselho Universitário, o reitor Eurico Lôbo decidiu pela adesão da Universidade Federal de Alagoas à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

Contudo, a atitude do reitor da Universidade Federal de Alagoas já é chamada de golpe e deve ser contestada na justiça por grupos contrários à decisão.

O ato do reitor teve o respaldo de 27 dos 53 conselheiros, que assinaram moção de apoio ao gestor e de repúdio à atitude considerada antidemocrática.

Eurico Lôbo afirma que sua decisão foi tomada para garantir o atendimento à população carente que necessita dos serviços do Hospital Universitário. “Tomei essa decisão porque temos um prazo estabelecido pelo TCU (Tribunal de Contas da União), próximo 31 de dezembro, para resolver a situação dos 259 servidores do Hospital Universitário, que terão os contratos extintos nessa data. Também levamos em consideração que esse é o prazo final para a universidade decidir sobre a adesão, o que garantirá a manutenção do atendimento de saúde à população”.

A adesão à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares vem sendo repudiada pela Frente Nacional Contra a Privatização da Saúde, o Fórum Alagoano em Defesa do SUS e por segmentos da comunidade acadêmica e até pelo presidente do Conselho Regional de Medicina de Alagoas (Cremal), Fernando Pedrosa.

A demissão é exigida pelo Tribunal de Contas da União e deve ser feita até o próximo dia 31 de dezembro. Segundo a direção do HU, sem esses servidores o hospital pode ser fechado. Lá, cerca de 10 mil pacientes são atendidos por mês pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A alternativa para manter o funcionamento do hospital, segundo a direção do HU, seria um acordo entre as universidades com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), que será implantada em todo o Brasil, com o objetivo de reformular o quadro de funcionários. Os 259 servidores foram contratados da antiga Fundação de Ensino Pesquisa e Extensão (Fundepes).


 

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