Por conta da paralisação dos peritos criminais, a categoria informou que deverão exumar 126 corpos, já que foram enterrados sem a declaração de óbito devidamente preenchida, podendo dificultar a liberação de herança, pensão e seguro. A classe informou ainda que os corpos exumados na Grande Maceió deverão passar por necropsia do Instituto Médico Legal de Arapiraca (IML).

O diretor do IML de Maceió, Luiz Antônio Mansur, informou que Hospital Sanatório, onde as necropsias deveriam ser realizadas, desfez o acordo, e por isso, ao cadáveres deverão ser levados todos os dias para Arapiraca. Porém as perícias em pessoas vivas, como corpo delito, devem ser realizados no Sanatório.

De qualquer forma, sobre a realização das necropsias em Arapiraca, o IML de Maceió tenta reverter a situação. É esperada uma resposta por parte de Universidade Federal de Alagoas (Ufal), sobre a possibilidade do trabalho ser realizado na CCBI temporariamente.

Os peritos paralisaram os trabalhos no final do mês passado e, desde então apenas 50% das perícias estavam sendo realizadas no estado. A categoria reivindica reajuste salarial, além de cobrar melhores condições de trabalho. Os peritos afirmam ainda que o prédio do IML em Maceió não tem estrutura para continuar funcionando.