Professores da Ufal realizam ato público no Centro de Maceió

05/06/2012 07:38 - Educação
Por Redação
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Em greve, os professores da Universidade Federal de Alagoas (UFAL), acompanhados dos funcionários técnico-administrativos e estudantes da instituição, realizam durante esta terça-feira (05), no calçadão da Rua do Comércio, no Centro da capital alagoana, um ato público em defesa da educação pública e valorização profissional.

Usando camisa branca com uma tarja preta no braço, simbolizando luto pela precarização do trabalho docente, os professores estão concentrados, em frente ao posto de atendimento JÁ (antigo Produban). De acordo com o presidente da Associação dos Docentes da UFAL (Adufal), Antônio Passos, cerca de 1600 professores aderiram a greve em todo o Estado.

“Nós não buscamos apenas melhores salários, nós queremos também qualificação para a classe docente, melhor estrutura física, principalmente no interior do Estado. Desde que o presidente Lula assumiu não há aumento do salário, temos um salário defasado em 22,8%”, afirmou Passos.

Ainda segundo passos, os estudantes estão juntos com os professores nessa luta. “O interessante da mobilização é que os alunos entendem e estão ao nosso lado participando dessa luta. No Brasil há 29 Diretórios Acadêmicos e eles estão ao lado dos professores, há uma união pensante em prol da educação”, disse o professor Antônio Passos.

Os professores estão distribuindo panfletos explicativos mostrando a situação que eles enfrentam. O ato está sintonizado com outras manifestações que estarão sendo realizadas por professores e estudantes das 48 universidades em greve, em todo o País, e com a Marcha organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (SPFs) que estará acontecendo em Brasília, também nesta terça-feira, com a participação de várias categorias do funcionalismo público, inclusive os professores. Caravanas de SPFs dos vários Estados da Federação vão seguir pela Esplanada dos Ministérios rumo ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

Os professores lutam pela reestruturação da carreira docente, valorização profissional e melhoria das condições de trabalho. Em seu 19º dia de greve eles buscam uma efetiva negociação com o governo para definir uma carreira única em 13 níveis remuneratórios, com variação de 5% entre níveis a partir do piso correspondente ao salário mínimo do DIEESE para regime de 20h; interstícios de dois anos entre os níveis; percentuais de acréscimo relativos à titulação e ao regime de trabalho; e incorporação das gratificações.

Estudantes de pelo menos 19 universidades já deflagraram greve em solidariedade ao movimento dos professores inseridos na luta por melhores condições de trabalho e ensino. Técnico-administrativos de várias universidades públicas, reitores, conselhos universitários, direções de cursos e faculdades de diversas instituições também já manifestaram apoio à paralisação.

Em Alagoas, o movimento grevista recebeu moções de apoio dos estudantes da Ufal e do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal).

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