“É uma oportunidade de negros e alunos da rede pública terem acesso ao 3° grau. Modificando sua estrutura de vida através da educação”. Essa é a opinião do presidente da Comissão de Defesa das Minorias Étnicas e Sociais da Ordem dos Advogados do Brasil em Alagoas (OAB/AL), Alberto Jorge de Oliveira, sobre o sistema de cotas implantadas nas Universidades Federais de todo o País.

Segundo Alberto Jorge, o número de vagas destinadas a alunos de escola pública, pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal), é visto como um grande avanço dentro do novo modelo adotado, onde as universidades terão que destinar 50% de suas vagas para os cotistas até 2016. Durante uma reunião, o Conselho Universitário da Ufal decidiu destinar 25% das vagas.

Para o presidente, a Ufal “já adiantou” a determinação da lei, em comparação com outras instituições de ensino espalhadas pelo País. Há nove anos, a Ufal já destinava 20% das vagas para afrodescendentes oriundos de escolas públicas.

Até 2014, segundo Alberto Jorge, esse percentual poderá chegar aos 50% das vagas. “Hoje os melhores alunos em diversos cursos na Ufal são cotistas. Isso demonstra a força e a valorização da transformação da vida de cada aluno, que ocorreu através do sistema de cotas”, afirmou Alberto Jorge.

Para entender como a nova regra vai funcionar, quando for implantada integralmente, o pró-reitor de Graduação da Ufal, Amauri da Silva Barros deu um exemplo: em um curso com 80 vagas, 40 serão alvo da disputa geral, ampla concorrência, dos estudantes inscritos no Sistema de Seleção Unificada (Sisu).

As outras 40 serão divididas em sub-grupos, e a aplicação do percentual será acordo com os dados do IBGE sobre a população de negros, pardos e índios de cada Estado.