17/04/2013 06h27 - Atualizado em 17/04/2013 09h52

População denuncia irregularidades no itinerário dos ônibus de Maceió

Coletivos alteram rota e passageiros são obrigados a pegar táxi.
SMTT diz que população pode denunciar irregularidades.

Do G1 AL

Estudantes aguardam ônibus para voltar para casa  (Foto: Pedro Mesquita/G1)Na Ufal, paradas de ônibus são escuras e pouco
movimentadas. (Foto: Pedro Mesquita/G1)

Os maceioenses que precisam pegar ônibus para se locomover na capital estão reclamando da falta de compromisso das empresas de transporte público. Segundo os passageiros, os ônibus não estão cumprindo os horários e, quando chegam às paradas, estão lotados. A situação caótica já virou rotina.

Um grupo de estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) denuncia que, na noite da última segunda-feira (15), eles precisaram dividir um táxi para voltar para a casa, com medo de serem assaltados. A espera pelo transporte começou às 22h e, até a hora em que saíram do campus, cerca de uma hora e meia depois, não havia passado um coletivo sequer.

A estudante do curso de Letras da Ufal, Anielly Veloso, 19, diz que ficou com muito medo de esperar no escuro o ônibus que não passou. “A linha Bebedouro/Clima Bom deveria passar em três horários noturnos: 21h30, 22h30 e 23h30 (o corujão), mas não apareceu. Eu e minhas amigas ficamos apavoradas, com medo de assalto ou de estupro, já que o local é escuro e sem segurança”, diz.

Ainda de acordo com Anielly, havia cerca de 17 mulheres no ponto e apenas um homem. A maioria só estava com carteira de passagem de meia entrada e nenhum dinheiro no bolso. "Uma senhora de idade também estava com a gente. Ela era simples, não tinha celular e nem dinheiro para pagar um táxi. Fiquei preocupada e não sei o que aconteceu com ela”.

Maceioenses reclamam da demora dos ônibus e da superlotação (Foto: Fabiana De Mutiis/ G1)Maceioenses reclamam da demora dos ônibus e
da superlotação (Foto: Fabiana De Mutiis/ G1)

A reportagem do G1 entrou em contato com a empresa São Francisco e falou com o auxiliar de tráfego, Mário Graysdtiton, que assumiu o equívoco. “O nosso fiscal inverteu a rota. Deveria colocar o caminho que dava acesso à universidade em primeiro lugar, mas registrou o inverso. Já notificamos o erro ao responsável e pedi para que não o fizesse novamente”, diz. 

A gerente de festas Daniela Marques, 29, fala que o problema não se restringe só a empresa de ônibus São Francisco. “É uma falta de respeito. A gente paga pelo serviço e não vê melhoria em nada. Saio de casa às 6h30 da Avenida Rotary para conseguir chegar às 9h em Cruz das Almas, onde trabalho, porque os ônibus demoram a chegar e, quando vêm, estão lotados”.

A técnica de enfermagem Ioná Lopes, 40, também já teve que dividir táxi após longa espera pelo coletivo. “Sempre pego as linhas Ufal/Ponta Verde ou Rosane Collor/Ponta Verde. É praticamente impossível pegar um ônibus após as 22h porque ele nunca passa no horário e deixa muita gente na mão”.  

Segundo a assessoria de comunicação da Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT), o órgão é responsável por fazer este tipo de fiscalização e sempre há fiscais rondando pela cidade para constatar os atrasos. A pessoa que se sentir prejudicada deve ir até a sede da SMTT para fazer um ofício reclamando da situação pela qual passou.

 

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