30/08/2013 15h49 - Atualizado em 30/08/2013 16h08

Centrais sindicais bloqueiam parte da Avenida Fernandes Lima, em Maceió

Ato é parte do Dia Nacional de Lutas, com protestos simultâneos pelo país.
Protesto cobra melhores condições de trabalho e transparência no governo.

Fabiana De Mutiis e Michelle FariasDo G1 AL

Centenas de pessoas ligadas à Central Única dos Trabalhadores de Alagoas (CUT-AL) e a outros movimentos sociais realizam uma manifestação, na tarde desta sexta-feira (30), em Maceió. A mobilização, que faz parte do Dia Nacional de Lutas, teve início na Praça do Centenário, no bairro do Farol, e o grupo promete seguir em caminhada pelas ruas do Centro. Uma das vias da avenida no sentido Centro já foi interditada.

Manifestantes interditaram um dos sentidos da Avenida Fernandes Lima, no Farol (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)Manifestantes interditaram um dos sentidos da Avenida Fernandes Lima, no Farol (Foto: Fabiana De Mutiis/G1)

O ato tem como reivindicações o Projeto de Lei 4330/04, que pretende regular o trabalho terceirizado, o fim do fator previdenciário, redução da jornada para 40 horas sem redução salarial, valorização das aposentadorias, 10% do PIB para a Educação, 10% do orçamento da União para a Saúde, transporte público de qualidade e reforma agrária.

A presidente da CUT-AL, Amélia Fernandes, afirma que a principal reivindicação dessa manifestação é contra o projeto de lei que permite a tercerização de servidores na área privada e pública.

Diversas centras sindicais se concentraram na praça centenário (Foto: Jonathan Lins/G1)Diversas centras sindicais se concentraram na Praça do Centenário (Foto: Jonathan Lins/G1)

"É a lógica do lucro. Se houver terceirização em todos os setores, vai acabar com os concursos públicos e teremos serviços ainda piores. Além disso, o terceirizado trabalha mais e ganha 27% a menos e isso vai de encontro com os direitos já conquistados", reforça a presidente.

O presidente da Central de Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) diz que a pauta de reivindicações é longa, mas que nesse dia de mobilização nacional todos querem melhorias na Saúde, Transporte e Educação. "Além disso queremos que o governo ouça mais os trabalhadores e que atenda as principais pautas das categorias", diz.

Integrantes do Movimento Passe Livre estiveram na mobilização. Eles pedem a criação da Comissão Parlamentar de Investigação (CPI) na Assembleia Legislativa Alagoas, além do passe livre a pela reforma agrária. 

Servidores impedem a entrada de veículos na Ufal. (Foto: Carolina Sanches/ G1)Servidores impedem a entrada de veículos na
Ufal. (Foto: Carolina Sanches/ G1)

Pela manhã
Servidores técnicos administrativos da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) paralisaram as atividades na manhã desta sexta-feira (30), em adesão ao dia de luta das centrais sindicais. Eles bloquearam a entrada de veículos na universidade. A categoria cobra melhorias salariais e protesta contra a privatização do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes.

Funcionários e prestadores de serviços do Polo Industrial José Aprígio Vilela Filho, localizado em Marechal Deodoro, também aderiram à mobilização nacional das centrais sindicais e bloquearam a entrada do polo. A AL-101 Sul foi bloqueada. A mobilização, que teve início na Braskem e depois nas empresas de plástico e fibra, teve início às 6h30.

30 anos da CUT
Em comemoração aos 30 anos da Central Única dos Trabalhadores de Alagoas (CUT-AL), membros do sindicato invadiram, na última quarta-feira (28), a Assembleia Legislativa de Alagoas para cobrar as três assinaturas que faltam para a instalação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investigaria as denúncias de irregularidades na folha de pagamento da ALE e apurar atos de corrupção no Poder Legislativo alagoano.

 

tópicos:
veja também