11/01/2013 08h00 - Atualizado em 11/01/2013 08h00

Maceió não renova planejamento de trânsito há mais de 20 anos

Prefeitura diz que é necessário investir R$ 1,5 milhão em melhorias.
Último balanço do Detran registra mais de 150 mil veículos na cidade.

Do G1 AL

Trânsito de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)O trânsito na Av. Fernandes Lima é a principal 
reclamação dos moradores (Foto: Jonathan Lins/G1)

É só andar pelas ruas de Maceió para perceber que as ruas e avenidas não comportam o número de veículos que circulam pela cidade. Trânsito não é mais só no horário de pico, no meio do dia fica difícil transitar pelas principais vias da capital alagoana.

De acordo com o último relatório do Departamento de Trânsito de Alagoas (Detran), hoje tem mais de 150 mil automóveis circulando por Maceió.

E a situação só tende a piorar. O arquiteto e professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Heitor Maia, diz que muitas pessoas não conseguem morar perto do trabalho. Com isso a distância de casa até o emprego fica maior e aumenta o número de veículos nas ruas.

O arquiteto da prefeitura especialista em trânsito, Nelito Ferreira, diz que é preciso realizar rápidas mudanças. “Como Maceió não foi planejada, não tem estrutura para comportar essa quantidade de carros. Planejamento viário é a palavra-chave para solucionar o problema. É caro. O custo do plano aqui em Maceió seria de aproximadamente R$ 1,5 milhão”, comenta.

Não há espaço para abrigo nos pontos do centro da cidade. (Foto: Jonathan Lins/G1)Passageiros se espremem para pegar ônibus no
centro de Maceió (Foto: Jonathan Lins/G1)

Nelito Ferreira diz ainda que o último planejamento da cidade foi feito na década de 80. Muito distante da realidade de 2013.

Para o engenheiro de trânsito da prefeitura, Roberto Barreiros, o investimento maior tem que ser em transporte público. “As pessoas pensam muito em solucionar o trânsito visando a melhor opção para os carros. Se Maceió tivesse mais ônibus e trens, as pessoas passariam a usá-los”.

A falta de transporte público de qualidade faz muita gente se "apertar" para comprar uma moto ou um carro. Foi o que fez o estudante de direito Bruno Batista, cansado de pegar ônibus. “Já fui assaltado duas vezes no ônibus, uma inclusive com minha irmã que ficou com medo e não anda mais. Não quero mais ter que passar por isso. Além do mais, o transporte público não tem horário fixo e nem conforto”.

 

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