Extensão do Curso de Medicina pelo Governo Federal repercute em Alagoas

Estudantes não concordam com medida. UFAL ainda não foi informada de como será a adaptação.

09/07/2013 14:21

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Robson Muller - Estagiário

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Com o objetivo de reduzir a carência de profissionais de medicina no país, foi lançado nesta início de semana, pelo Governo Federal, uma medida provisória que prevê a partir de 2015, um ciclo de mais dois anos de atuação na Atenção Básica e nos serviços de urgência e emergência da rede pública de saúde para os estudantes de medicina.

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a inclusão do segundo ciclo nos cursos de medicina é uma forma de aprimorar a formação de futuros profissionais porque o estudante terá a oportunidade de aplicar todo o conhecimento adquirido em sua formação desenvolvendo habilidades através do contato integral com o cotidiano de uma unidade pública de saúde.

Além de ampliar a duração da graduação em medicina, o programa Mais Médicos pretende criar cerca de 11.447 novas vagas para os cursos que contemplam essa área até 2017. Atualmente, são oferecidas 18.212 vagas nas faculdades de medicina de todo o país.

De acordo com Marcos Ramalho, estudante de medicina da Universidade de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), essa é mais uma medida paliativa do Governo Federal que pretende estatizar a classe estudantil obrigando o estudante a trabalhar no SUS.

“Atualmente, estudamos seis anos em período integral e ainda realizamos residência estudantil durante quatro anos. A população tem que entender que não faltam profissionais, mas, qualidade na estrutura pública de saúde. O Governo federal quer aplicar uma medica autoritária para defender seus interesses”, enfatiza.

Atuando em serviços de atenção, capaz de solucionar 80 % dos problemas de saúde, urgência e emergência, os estudantes, que permanecerão vinculados à faculdade de medicina durante o período adicional de experiência no Sistema Único de Saúde (SUS), receberão bolsa custeada pelo Governo federal e ainda terão autorização provisória para o exercício da profissão.

O Ministério da Saúde, órgão responsável pelo custeamento das bolsas estudantis, deverá gastar cerca de R$ 2.976,26 com o investimento. No entanto, esse valor foi ajustado em 24,8 % recentemente com o intuito de valorizar o estudante residente.

Nesta terça-feira (9), a equipe do Primeira Edição entrou em contato coma a Assessoria de Comunicação da Ufal que informou que, até o momento, não há reunião agendada entre a Universidade e o Ministério da Saúde para discutir sobre o assunto.

Com supervisão da Editoria.
 

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