04/06/2013 14h37 - Atualizado em 04/06/2013 17h57

Após 24 horas, Hospital Universitário de Alagoas volta a realizar cirurgias

Todas as cirurgias foram suspensas na segunda-feira (3) por falta de água.
Assessoria informa que estoque de medicamentos também foi normalizado.

Do G1 AL

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. (Foto: Divulgação/Ascom)O Hospital Universitário diz que situação já foi
normalizada. (Foto: Divulgação/Ascom)

Após suspender por 24 horas todas as cirurgias por falta de água e medicamentos, o Centro Cirúrgico do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) voltou a funcionar normalmente nesta terça-feira (4). De acordo com a assessoria do hospital, há 10 dias, apenas as cirurgias mais graves vinham sendo realizadas, devido à redução do número de leitos provocada pela falta de medicamentos.

Na última segunda-feira (3), após o problema no fornecimento de água ocorrido no fim de semana, o hospital precisou suspender todos os procedimentos cirúrgicos. O abastecimento foi normalizado ainda na tarde de segunda, de acordo com a Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal).

Além do Centro Cirúrgico, também foi normalizado o atendimento na maternidade do hospital, que hoje mantinha ocupados 53, dos 60 leitos existentes, com gestantes e mulheres que estão prestes a dar à luz. Também já foi normalizada a reativação dos leitos na UTI.

Na última semana, uma médica denunciou que apenas quatro, dos dez leitos disponíveis na UTI estavam funcionando justamente por falta de medicações.

Segundo o diretor-geral do Hospital Universitário, Paulo Teixeira, o desabastecimento de medicamentos teria ocorrido em função da falta a aprovação do orçamento, que foi liberado em março deste ano. Ainda segundo Teixeira, oito de dez parcelas de recursos destinados ao hospital pela Rede Cegonha, do Ministério da Saúde, só foram liberadas este mês.

“Além disso, parte dos recursos da produção do hospital para o SUS é destinada ao pagamento da folha dos funcionários da Fundepes, o que debilita ainda mais a situação financeira do hospital. Se não conseguimos pagar o fornecerdor, ele suspende a remessa dos produtos”, afirma o gestor.

Falta de funcionários
Teixeira explicou que a carência de profissionais no Hospital Universitário, um problema antigo visto que ''há dez anos não é realizado concurso público para a instituição'', não pode ser resolvida em nível local, nem pela direção do hospital, nem pelo reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Sobre este ponto específico, ele disse acreditar que a solução virá através da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), criada pelo governo federal para gerir os HUs.

O diretor anunciou que o Hospital Universitário, a pedido da Ebserh, está fazendo o levantamento do número de recursos humanos necessários para funcionar de forma adequada a cumprir sua missão e que esses números servirão para nortear as projeções da Ebserh para as contratações futuras pela empresa.

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