13/06/2013 11h46 - Atualizado em 13/06/2013 16h06

Hospital Universitário descarta lixo hospitalar de forma irregular em AL

Fotos publicadas em rede social denunciam descarte inadequado.
HU diz que material não está contaminado e que segue normas federais.

Do G1 AL

Uma grande quantidade de lixo está acumulada nos fundos do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA), em Maceió. Nesta quinta-feira (13), imagens do material em sacolas plásticas ao lado de containers de lixo foram enviadas ao G1, após serem divulgadas em uma rede social.

Lixo fica por trás do hospital.  (Foto: Arquivo pessoal/ Francisco Passos)Lixo fica por trás do hospital. (Foto: Arquivo pessoal/ Francisco Passos)

O professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Francisco Passos, que publicou as fotos na internet, disse estar revoltado pela grande quantidade de lixo acumulado. "Os resíduos estão por trás do hospital. Tem cerca de uma tonelada. Alguém precisa fazer alguma coisa porque tem resíduo hospitalar", diz.

Passos disse que não sabe se nas sacolas plásticas há material oriundo de cirurgias, mas confirma que ele vem do hospital. “O lixo não está acomodado de forma adequada e, como está próximo a uma área de circulação de pessoas, pode causar muito risco. Isso pode ser caso de intervenção pelo Ministério Público”, falou o professor.

Uma aluna do curso de Medicina da Ufal, que pediu para não ser identificada, disse que os sacos de lixo brancos identificam o lixo hospitalar e que podem conter materiais cirúrgicos. "Como no material descartado na parte dos fundos do HU tem sacolas brancas, lá deve haver lixo hospitalar", falou.

Lixo hospitalar está acumulado há dias no HU.  (Foto: internauta/Arquivopessoal)Sacola plástica indica que lixo contém substâncias infectantes. (Foto: Internauta/Arquivopessoal)

Procurada pela reportagem do G1, a gestora de Resíduos de Saúde do HU, Kelly Viana, confirmou que o lixo está acumulado na parte dos fundos do hospital, mas disse que não é material contaminado, porque o descarte segue normas estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"Há alguns dias, parte do material coletado pela empresa Ideal voltou do aterro sanitário por ordem da Superintendência Municipal de Limpeza Urbana (Slum), que entendeu que havia a mistura de lixo comum com o hospitalar", informou Kelly.

O diretor administrativo da Serquip, Carlos Renato Costa, disse que a empresa tem um contrato para recolher uma determinada quantidade de lixo no hospital e que isto está sendo feito de forma correta. O problema é que a demanda aumentou nos últimos dias. "O hospital aumentou a demanda e não estávamos com capacidade operacional para atender. Ainda estamos nos adequando", disse.

Lixo se acumula fora de bombonas.  (Foto: Arquivo pessoal/ Francisco Passos)Lixo comum também fica acumulado em área externa do hospital. (Foto: Arquivo pessoal/ Francisco Passos)

Normas Federais
Na quarta-feira (12), uma reunião definiu critérios de separação, coleta e descarte de lixo hospitalar. A partir de agora, Maceió deve seguir as normas do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). O principal objetivo é evitar a contaminação.

 

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