Cresce produção de fitoterápicos em Alagoas

Cultivo de ervas está diversificando a produção agrícola no Estado

19/06/2013 04:21

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Sebrae

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Baratear os custos dos municípios alagoanos com medicamentos fitoterápicos e fomentar a agricultura familiar voltada para o cultivo de plantas medicinais, geração de renda e estímulo a pesquisas. Foi com esses propósitos que o Arranjo Produtivo Local (APL) Fitoterápicos foi criado, em junho de 2012, e vem crescendo no estado através da diversificação da produção agrícola.

Segundo Humberto Sant’Anna, gestor do APL Horticultura no Agreste, a criação do APL Fitoterápicos é também uma forma de complementar os trabalhos feitos pelo APL Horticultura no Agreste, já que ambos atendem aos mesmos produtores.

“O APL Horticultura vem dando o apoio necessário para que o novo arranjo se desenvolva ainda mais. Um dos objetivos dessa criação é incentivar e qualificar os agricultores a trabalharem com plantas medicinais e espécies que sirvam para a produção de medicamentos fitoterápicos”, destaca o gestor.

Criado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) em parceria com a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e as instituições coordenadoras do Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) - Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico e Sebrae Alagoas -, o APL Fitoterápicos, que está em crescimento no estado, vai trabalhar com o cultivo de algumas espécies, como Babosa (Aloe Vera), Colônia (Alpinia Speciosa), Guaco (Mikania glomerata), Erva Cidreira (Lippia Alba), Hortelã (Mentha x piperita) e Alecrim Pimenta (Lippia siddoides). Para as pesquisas, foram selecionadas as seguintes espécies: aroeira, barbatimão, alecrim, romã, maracujá, capim santo, chambá, boldo nacional, confrei, quebra pedra e melão de São Caetano.

Os medicamentos fitoterápicos, auxiliares no tratamento de várias doenças, são extraídos de matéria-prima ativa vegetal, e, por esse motivo, normalmente são confundidos com as plantas medicinais. Mas os fitoterápicos são considerados medicamentos porque têm efeitos terapêuticos e colaterais como um medicamento comum e passam pelo processo de industrialização. Atualmente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) estabelece regras de qualidade para os medicamentos fitoterápicos.

Rúbia Barbalho, analista de Agronegócios do Sebrae Alagoas, relata que o crescimento do projeto poderá ajudar os agricultores, que são produtores de hortaliças, a diversificarem sua produção. “O agricultor irá renovar suas atividades. Com o plantio de ervas medicinais, ele poderá inserir um novo produto, além de agregar valor à sua produção e acessar novos mercados”.

PAPL

O Programa de Arranjos Produtivos Locais, criado para contribuir com o desenvolvimento territorial dos municípios alagoanos e para gerar ocupação e renda através das ações conjuntas que visam fortalecer as micro e pequenas empresas (MPE), é formado, atualmente, por 18 APL: Tecnologia da Informação, Turismo Costa dos Corais, Turismo Caminhos do São Francisco, Turismo Lagoas e Mares do Sul, Mineração e Fruticultura no Agreste, Móveis do Agreste, Cerâmica Vermelha, Mandioca no Agreste Alagoano, Saúde em Maceió, Apicultura no Litoral e Lagoas, Móveis no Entorno de Maceió, Horticultura no Agreste, Rizicultura no Baixo São Francisco, Piscicultura no Delta do São Francisco, Fruticultura no Vale do Mundaú, Apicultura no Sertão Alagoano, Ovinocaprinocultura no Sertão Alagoano e Fitoterápicos.
 

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