31/05/2013 13h13 - Atualizado em 03/06/2013 11h29

Falta de remédios reduz número de leitos no Hospital Universitário em AL

Dos dez leitos da UTI, apenas quatro estão funcionando.
Direção diz que houve atraso na aprovação do orçamento.

Do G1 AL

O Hospital Universitário Professor Alberto Antunes. (Foto: Divulgação/Ascom)Direção do HU afirma que até a próxima semana
situação esteja normalizada.
(Foto: Divulgação/Ascom)

O Hospital Universitário, administrado pela Universidade Federal de Alagoas, está sem medicamentos. Dos dez leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do HU, apenas quatro estão funcionando. A denúncia partiu da médica Claudia Falcão que divulgou a situação do Hospital à imprensa.

A assessoria do HU confirma as informações e assume que outros setores também foram afetados. O Hospital explica que o orçamento para compra de medicamentos atrasou e só foi liberado pelo Minisitério do Planejamento em março de 2013.

Ainda de acordo com o HU, depois que o orçamento é aprovado, ainda há um processo de licitação e isso teria atrasado a entrega dos medicamentos, que só aconteceu na última segunda-feira (27). A direção do Hospital Universitário acredita que a situação esteja normalizada até terça (4) ou quarta (5).

Outros problemas
Na última segunda-feira (27), o G1 publicou uma reportagem sobre relatório feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU) constatou irregularidades no Hospital Universitário (HU) de Maceió. Entre as queixas está a insuficiência de pessoal no hospital.

A dona de casa Cintia Janieli de Almeida contou que há três anos frequenta o hospital em virtude dos problemas de saúde da filha. Segundo Cintia, a espera por consultas médicas chega a quatro meses, e, para receber os exames, é preciso esperar ao menos um mês. Para a dona de casa, a quantidade de profissionais é insuficiente.

“Eu já precisei de um neurologista e não tinha no momento, vim conseguir hoje. Por isso eu vim. Mas é muito difícil encontrar atendimento”, resumiu.

A carência de funcionários na unidade motivou uma ação civil pública do Ministério Público Federal. No documento, o MPF solicita que a Justiça determine a realização de concurso público para a contratação de profissionais. Com isso, os representantes do Ministério Público esperam que o atendimento melhore.

De acordo com a ação, que está em fase de elaboração de provas na Justiça, existe uma necessidade urgente de preencher 146 vagas no HU. Mas a carência é de 546 profissionais.

“Eu espero que o judiciário possa acolher os pedidos que o Ministério Público lançou, e que a União contrate os servidores através de concurso público, seguindo as regras previstas pela Constituição. A partir daí, com mais servidores, esperamos que o HU possa cumprir toda sua finalidade”, expôs a a procuradora da República Roberta Lima Barbosa.

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