O número de fumantes em alagoas reduziu quase pela metade segundo uma pesquisa do Ministério da Saúde comparado o ano passado, com 2011. Quem conseguiu largar o vício do cigarro comemora a grande conquista.
Depois de 28 anos fumando, Gorette Dávilla largou o cigarro. Ela está há 1 ano e 6 meses sem fumar e diz que não foi fácil. "Em torno de dez dias aproximadamente comecei a me sentir estranha demais em função da necessidade da nicotina e acabei descobrindo que entrei em uma depressão", diz a funcionária pública.
Gorette conta que sozinha tentou quatro vezes parar de fumar. Mas só conseguiu depois que entrou em um grupo de ajuda a fumantes. Na terapia, com a ajuda de profissionais e dos medicamentos, ela conseguiu parar de fumar. "Nesse programa eu sabia que iria ter um acompanhamento da assistente social e também de um psiquiatra e psicólogo. Com as reuniães semanais, a partir do terceiro mês consegui deixar o cigarro", afirma Gorette.
Uma pesquisa do Ministério da Saúde mostra que o número de fumantes reduziu em Alagoas. Em 2011, o percentual era de 13,1%. No ano passado, caiu para 7,8%. A coordenadora do Programa de Controle do Tabagismo da Secretaria Estadual de Saúde, Vetrúcia Teixeira, atribui a queda às ações de combate ao fumo.
Mas não há muito o que comemorar. Uma pesquisa nacional de saúde escolar constatou que o percentual de alagoanos entre 13 e 15 anos que fumam é de 18,5%. O desafio agora é reduzir a quantidade de adolescentes fumantes em Alagoas.
"É preocupante porque, na realidade, há muito interesse da indústria que esses jovens reponham a camada adulta que adoece e morre de doenças tabaco-relacionadas", diz Vetrúcia Teixeira.
Estima-se que o cigarro tenha 7.020 substâncias. 4.700 são nocivas à saúde. Elas podem provocar mais de 50 doenças e levar à morte. No mundo, 6 milhões de fumantes morrem por ano. Desse total, 10 por cento morrem porque inalaram a fumaça, mesmo sem nunca terem colocado um cigarro na boca. No Brasil, a quantidade de fumantes que morrem chega a 200 mil.
Foi pensando nos benefícios para a saúde dela e da família que Rosângela Vasconcelos entrou no grupo para largar o cigarro. Já são três meses sem fumar. Uma conquista diária, cuja batalha é vencida com vontade e determinação.
"Eu comecei a pensar nos males qua fazia o cigaro, meus filhos me pediam muito, meus netos, meus pais, aí tomei a iniciativa. Quando meus netos vinha me dar um abraço falavam: vó, você está fedendo cigarro. Isso fez com que eu procurasse ajuda para parar de fumar", afirma.
Quem quer para de fumar, pode procurar o núcleo de combate ao tabagismo do hospital universátario da ufal no telefone 3202-3766.
