31/03/2013 17h06 - Atualizado em 31/03/2013 17h06

Jovens alagoanos se mobilizam pela preservação do meio ambiente

Coletivo Jovem se prepara para a IV Conferência Infantojuvenil, em Brasília.
Até a conferência, grupo percorre estado realizando atividades e palestras.

Carolina Sanches Do G1 AL

Grupo se mobiliza pelas causas ambientais. (Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)Grupo se mobiliza pelas causas ambientais.
(Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)

Um grupo de jovens de Alagoas se mobiliza para desenvolver ações que buscam a preservação do meio ambiente. Desde o início do mês, eles percorrem municípios realizando atividades e palestras, como uma preparação para a IV Conferência Nacional Infantojuvenil pelo Meio Ambiente, que acontecerá em novembro deste ano, em Brasília.

Mas, até a conferência em Brasília, muitas ações são realizadas para preparar e selecionar os participantes. Esse trabalho é feito pelo Coletivo Jovem de Meio Ambiente (CJ) de Alagoas, que  há mais de 10 anos promove atividades no estado. Para isso, os membros visitam escolas e ministram palestras. Os integrantes do coletivo também participam e promovem eventos com a temática ambiental.

Uma das integrantes do CJ, a analista ambiental Rennisy Rodrigues, 24, disse que as ações de mobilização são muito importantes para que os jovens entendam o que será apresentado na conferência. “A proposta das atividades em escolas e eventos dos municípios é a de explicar como será a conferência e, ao mesmo tempo, preparar os jovens para os debates”, falou.

Integrantes do Coletivo Jovem participam de eventos em Alagoas (Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)Jovens participam de eventos sobre meio ambiente
(Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)

Rennisy explicou que o grupo reúne jovens, representantes ou não, de organizações e movimentos de juventude que têm afinidade com a questão ambiental e buscam desenvolver atividades relacionadas à melhoria do meio ambiente e da qualidade de vida. “A maioria dos participantes tem afinidade com a temática. Mas existem os que começaram a gostar depois que participaram de alguma ação do grupo. Além da conferência, fazemos muitas atividades relacionadas ao tema”, falou.

A analista ambiental disse que em Alagoas existem cerca de 50 membros do coletivo distribuídos em Maceió, Murici, Marechal Deodoro, Arapiraca e Craíbas, além do coletivo na Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

“Os coletivos são como redes locais, para articular pessoas e organizações, circular informação de forma ágil, pensar criticamente o mundo a partir da sustentabilidade, planejar e desenvolver ações e projetos, produzir e disseminar propostas, que apontem para sociedades mais justas e equitativas, dentre outras ações e realizações”, explicou.

Analista ambiental diz que sempre participa de atividades voltadas para questões ambientais. (Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)Analista ambiental diz que sempre participa de
atividades voltadas para questões ambientais.
(Foto: Arquivo pessoal/Rennisy Rodrigues)

Mudança de atitude
Para a maioria dos membros do CJ Alagoas, ingressar no grupo fez com que eles se importassem mais com as questões ambientais. Este foi o caso do estudante Raphael Batista, 24. Ele, que cursa Agronomia e Biologia, disse que já se interessava pelas questões ambientais, mas que quando entrou para o coletivo teve mais vontade de promover e participar de ações voltadas ao meio ambiente.

“Conheci o CJ na universidade em 2010 e logo me interessei em participar. Comecei a ir em reuniões e em pouco tempo já estava engajado nos temas discutidos pelo grupo. Acho que muita coisa que aprendi sobre a temática vem da minha participação no coletivo. Além de poder atuar em Alagoas, participo de eventos em outros estados e estou sempre conhecendo pessoas que também são engajadas no tema. Isso contribui muito para o meu crescimento”, falou,

Da mesma forma que Raphael, a analista ambiental Rennisy Rodrigues, diz que ampliou o conhecimento na área por causa do grupo. Ela conta que, antes, participava de atividades voltadas para a preservação ambiental através do projeto Lagoa Viva, que promove ações de educação ambiental, mas que depois do coletivo teve um conhecimento maior na área.

“Já participei de muitos encontros nacionais e internacionais. É pelo CJ que conheço diferentes realidades e posso entender como posso ajudar a construir um mundo melhor e mais sustentável”, ressaltou.         

Como tudo começou
Os grupos Coletivo Jovem surgiram em diversos estados do país para garantir a participação da juventude na organização da I Conferência Nacional da Juventude pelo Meio Ambiente, em 2003, e na construção de políticas publicas na área ambiental, com voz e voto nas decisões, coerência e posturas éticas da juventude. O coletivo de Alagoas surgiu junto com os demais estados.

Antes da conferência, cinco jovens de cada estado foram escolhidos para participar de um treinamento em Brasília para ajudar nos trabalhos dos jovens. Era o I Encontro da Juventude pelo Meio Ambiente. Reunidos, os jovens decidiram que aquele movimento não poderia ficar restrito apenas à conferência, mas que deveria existir um grupo de jovens que se reunisse regularmente para mobilizar outros jovens e promover ações na área. O primeiro nome foi Conselho Jovem.

Já depois de se tornar Coletivo Jovem, os grupos de todo o país começaram a contar com o apoio de diversos órgãos e entidades e ganhou mais adeptos. Mas a atuação dos jovens é de forma independente. De lá para cá, os trabalhos fortaleceram e o número de ações e membros aumentou. Hoje, o CJ Alagoas participa da Rede de Juventude pelo Meio Ambiente (Rejuma) e possui voz e voto em diversas comissões que representam o estado.

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