28/03/2013 15h48 - Atualizado em 28/03/2013 15h48

Ufal diz que vai buscar soluções para manter Casas de Cultura funcionando

Tribunal de Contas proíbe que universidades terceirizem professores.
Alunos dos cursos de idiomas estão preocupados.

Do G1 AL

Ufal não pode mais terceirizar professores nos cursos de idiomas. (Foto: Raphael Vasconcelos/G1)Ufal não pode terceirizar professores nos cursos
de idiomas. (Foto: Raphael Vasconcelos/G1)

A Universidade Federal de Alagoas (Ufal) estuda uma maneira de manter as Casas de Cultura, que oferecem cursos de idiomas a preços acessíveis, funcionando em Alagoas. Isso porque o Tribunal de Contas da União (TCU) obriga que todas as universidades federais deixem de terceirizar professores.

Hoje, mais de cinco mil alunos estudam idiomas no Espaço Cultural da Ufal. Eles temem não conseguir concluir os cursos. A estudante de inglês Cléa Albuquerque, que estuda há dois anos na Casa de Cultura Britânica (CCB), disse que o curso tem um preço acessível. "Vai ser um absurdo se a Casa fechar, porque aqui tem vários alunos que não podem pagar caro para estudar línguas", diz.

Os professores terceirizados também se preocupam. De acordo com uma professora que não quis se identificar, o projeto de extensão curricular conta com 50 funcionários, contratados pela Fundação Universitária de Desenvolvimento de Extensão e Pesquisa (Fundepes). Ela diz que os professores já fizeram algumas propostas ao reitor da Ufal, Eurico Lôbo, mas não tiveram retorno.

"Uma das propostas é a realização de concurso público, mas a única resposta que tivemos foi um e-mail da Fundepes, no ano passado, determinando a redução de 50% das vagas no início do primeiro semestre de 2013", diz.

Alunos de Casas de Cultura temem não poder concluir os cursos. (Foto: Raphael Vasconcelos/G1)Alunos de Casas de Cultura temem não poder concluir os cursos. (Foto: Raphael Vasconcelos/G1)

Nesta quinta-feira (28) o reitor Eurico Lôbo disse que busca alternativas para resolver o problema. "“Estou buscando, dentro do amparo legal e jurídico, resolver a situação”, esclarece.

Ele informa que o TCU deu prazo à Ufal até o final de 2012 para cumprir a decisão e resolver o problema, e, mesmo assim, "a instituição manteve o funcionamento das Casas de Cultura, não alterando a rotina de suas atividades nesse primeiro semestre de 2013".

O reitor disse ainda que estuda modelos diferentes de outras instituições de ensino superior que têm a mesma finalidade. Eurico Lôbo citou exemplos como a Universidade Federal do Paraná (UFPA), a Universidade de Brasília (UNB) e a Universidade Federal do Ceará (UFCE).

“Na próxima semana o pró-reitor de Gestão Institucional, Valmir Pedrosa, e o assessor jurídico Fábio Marroquim visitarão a Universidade Federal do Paraná para tomar conhecimento sobre o modelo do serviço ofertado à comunidade”, frisou o reitor.

Casas de Cultura
As Casas de Cultura funcionam no Espaço Cultural da Universidade Federal de Alagoas, na Praça Sinimbu, no centro de Maceió, desde a década de 90.  Atualmente, são ofertados cursos de inglês, francês, espanhol, alemão, grego, latim, português e italiano.

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