05/11/2013 11h40 - Atualizado em 05/11/2013 20h25

Marcha de trabalhadores rurais chega a Maceió nesta quarta-feira

Grupo saiu de Murici e marcha em direção ao centro da capital.
Sem-terra exigem desapropriações nos terrenos onde estão acampados.

Do G1 AL

Marcha durante passagem pelo município de Messias, na segunda-feira (4). (Foto: Gustavo Marinho/Ascom MST)Marcha durante passagem pelo município de
Messias, na segunda-feira (4).
(Foto: Gustavo Marinho/Ascom MST)

A Marcha Unitária pela Terra, realizada por diversos movimentos rurais em Alagoas e no Brasil, deve chegar a Maceió nesta quarta-feira (6), segundo a organização do Movimento Sem-Terra. Na manhã desta terça-feira (5), o grupo marchou de Messias até Rio Largo, onde parou para almoçar, na sede do curso de Agronomia da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

"Às 14h, a marcha chega na Ufal em Maceió e, amanhã, o destino é o Centro", informou a assessoria de comunicação do MST. O grupo pleiteia uma reunião com o governador Teotonio Vilela Filho (PSDB).

O trânsito chegou a ficar lento em um trecho da BR-104, durante a passagem dos integrantes dos movimentos rurais.

Cerca de dois mil trabalhadores e trabalhadoras rurais Sem Terra de Alagoas, ligados ao MLST, MTL, MST e CPT, marcham pelo estado cobrando imediata desapropriação das áreas onde hoje famílias acampadas vivem sob forte ameaça de despejo.

O grupo saiu do acampamento Sede (Fazenda São Simeão, uma das áreas que sofrem ameaça) em Murici e seguirão até Maceió, percorrendo 60 km. Os movimentos afirmam que estão dispostos a reafirmar a necessidade da reforma agrária para o desenvolvimento do estado e do País.

As áreas das antigas fazendas São Sebastião (Atalaia), Cavaleiro, São Simeão e Bota Velha (Murici), onde vivem cerca de 400 famílias acampadas, recorrentemente são pautas de diálogos com o governo estadual e federal com vistas das suas desapropriações. Mesmo assim, as famílias continuam sem respostas e vivendo diariamente o medo do despejo que pode acontecer a qualquer momento.

“Nossa marcha será uma grande resposta de resistência e de continuidade na luta por uma vida digna para quem vive no campo. Mesmo ameaçados, continuamos em luta e marcharemos o quanto for preciso para garantir nossos direitos”, afirmou Josival Oliveira, do MLST.

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