13/08/2014 20h51 - Atualizado em 13/08/2014 20h55

Praga da Mosca Negra é detectada em árvores de Maceió, diz Adeal

Infestação do inseto é de rápida reprodução e grande poder de devastação.
A preocupação das autoridades é a migração da praga para a área rural.

Do G1 AL com informações da TV Gazeta

A Mosca Negra foi detectada pela Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) a partir de análise em folhas de árvores no bairro do Farol. As plantas continham fungos que denunciavam a presença do inseto. A confirmação foi feita após análise no laboratório de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

De acordo com a pesquisadora em Agronomia, Jakeline Maria dos Santos, a mosca atua como um inseto oportunista. "É um inseto sugador. Ele suga a seiva da planta pela parte inferior. Com isso, reduz a produtividade da planta. Outro dano indireto que ela causa, além da redução da produtividade, é a fumagina que vai reduzir a fontossíntese - captação de luz - da planta e inviabilizar a produtividade", explica.

A pesquisadora afirma também que a praga é considerada perigosa pela rápida reprodução e poder de devastação. Neste momento, a principal preocupação dos órgãos de defesa sanitária de Alagoas é a migração da praga da área urbana para a rural.

Segundo a gerente de Defesa Sanitária da Adeal, Maria José Rufino, as autoridades de defesa sanitária já se reuniram para discutir como lidar com o problema. "A gente convocou as instituições públicas e privadas, a Secretaria Municipal de Proteção ao Meio Ambiente e o Ministério da Agricultura. Fizemos uma reunião para levar ao conhecimento dessas instituições as ações que devem ser feitas porque a praga não pode se espalhar. Tem que ter um cuidado em incinerar esse material, em transportar de maneira segura e fazer a incineração também em um local seguro", afirma.

De acordo com os agrônomos, a mosca negra pode atingir até 300 espécies de árvores frutíferas e plantas ornamentais. Apesar de ser inofensiva para os seres humanos, ela pode causar sérios prejuízos econômicos e reduzir a produção de frutas em até 80%. 

 

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