Boletim do Ipea tem artigo sobre APL Ovinocaprinocultura no Sertão

02 dez 2014 - 15:00


Publicação foi lançada em Brasilia na última quarta-feira (26).

Foto: Divulgação

Foto: Ilustração

Uma pesquisa realizada junto ao público-alvo do Arranjo Produtivo Local (APL) Ovinocaprinocultura no Sertão tornou-se importante fonte de informação para o Boletim Regional, Urbano e Ambiental do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), lançado na última quarta-feira (26). Um dos artigos inseridos na publicação relata os principais avanços do APL desde 2004, quando foi instituído o Programa de Arranjos Produtivos Locais (PAPL) em Alagoas.

O texto, produzido pelas integrantes do PAPL, Geanne Daniella e Ana Maria Santos, trabalha com dados relativos à quantidade de pessoas atingidas, além de associações e cooperativas atendidas pelo APL Ovinocaprinocultura no Sertão. Entre as informações obtidas com a pesquisa, identificou-se que 55% dos produtores do arranjo tem idade entre 41 e 50 anos. Também se descobriu a predominância de homens na atividade (77%) e poucas mulheres (23%).

Para Geanne Daniella, a publicação é um grande passo para a identificação das principais demandas da região. “O Estado de Alagoas se tornou pioneiro no apoio e fomento dos Arranjos Produtivos Locais, já é possível identificar grandes resultados, como maior ocupação das pessoas e aumento de renda. Por meio da publicação poderemos expandir as ações para todo Brasil e apresentar o que vem sendo feito por aqui”, relata.

Um dos grandes destaques da região citados no documento é a Cooperativa Natu Capri, iniciada em 2006 e composta exclusivamente por mulheres. O grupo avançou muito no decorrer dos anos na produção de cosméticos com o uso de vários insumos como canela, aveia, mel, maracujá e erva-doce. Hoje o grupo tem marca própria e comercializa sua produção para diversos locais de todo o Estado, além disso, atingiu a marca de 1.800 sabonetes feitos por mês.

No artigo, é apontada uma grande mudança na escolaridade das pessoas atendidas pelo arranjo, apenas 11% são analfabetos. O que antes era uma grande dificuldade para o desenvolvimento na região, atualmente não tem tanta influência nos resultados.

Em contrapartida, 48% são alfabetizados, 12% têm o fundamental completo, 9% concluíram o ensino médio, 5% formaram-se no nível superior, já 15% deles só finalizaram o ensino primário.

Outra Publicação – A Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade Federal de Alagoas (Feac/Ufal) e a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado Alagoas (Fapeal), com apoio da Federação das Indústrias do Estado de Alagoas (Fiea), lançarão o livro Alagoas Contemporânea: Economia e Políticas Públicas em Perspectivas na próxima quarta-feira (4), às 8h30, no auditório da Fiea.

A publicação conterá um texto sobre o Programa de Arranjos Produtivos Locais, apresentando as principais estratégias usadas pela iniciativa para desenvolver as atividades realizadas pelos grupos atendidos. O texto foi produzido pela integrante da coordenação do PAPL, Geanne Daniella, e pelos Professores Francisco Rosário, Cecilia Lustosa e Thierry Prates.

Por Pedro Mesquita / Agência Alagoas

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