Mais de 3 mil professores são capacitados

29/05/2014 05:41

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Divulgação

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Uma parceria entre a Secretaria de Estado da Educação e do Esporte (SEE) e a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) vai promover a capacitação de 3.338 professores da rede pública estadual que atuam no Ensino Médio. A ação faz parte do Pacto pelo Fortalecimento do Ensino Médio assinado pelas duas instituições no último dia 13.

O investimento na qualificação busca promover a formação e atualização dos professores em relação às diretrizes nacionais do Ensino Médio bem como beneficiar os estudantes com práticas pedagógicas inovadoras.

A capacitação prossegue até março de 2015 e consiste em duas etapas: na primeira, que teve início em maio e será concluída em junho, os formadores da universidade capacitarão 15 formadores das Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) que, consequentemente, trabalharão com os orientadores de estudo de suas escolas. Caberá a estes orientadores de estudo repassar o conteúdo para os professores de suas escolas. Já na segunda etapa, prevista para começar no segundo semestre, a formação será direcionada para as quatro áreas de conhecimento que compõem o Ensino Médio: Ciências Humanas, Ciências da Natureza, Linguagens e Códigos e Matemática.

Das 3.338 servidores envolvidos, 15 são formadores regionais das CREs, 203 são orientadores de estudo e 3.120 são professores cursistas das escolas. Participam da formação os professores  lecionando no Ensino Médio cadastrados no Educacenso e registrados por suas escolas no Sistema Integrado de Monitoramento Execução e Controle (Simec).

Melhorias - Coordenadora da formação pela Ufal, Rosângela Pimenta, explica como se dará a capacitação com os professores. O conteúdo tem como base os cadernos elaborados pela Universidade Federal do Paraná (UFPR) e segue as diretrizes nacionais do Ensino Médio publicadas em 2012.

“A formação será ministrada por Professores Doutores da Ufal que são pesquisadores e especialistas no Ensino Médio. Para os professores cursistas, a formação servirá como atualização e aperfeiçoamento e, ao final da capacitação, eles recebem certificado de 200 horas emitido pela Ufal, o que será muito enriquecedor para seus currículos”, destaca.

A gerente de Ensino Médio da SEE, Fernanda Tenório, aponta os benefícios que a formação trará para os professores da rede estadual. “Esta união entre a SEE e a universidade é fundamental, pois a Ufal, além de produzir conhecimento, é a formadora de grande parte de nossos professores.Por meio desta parceria, teremos uma renovação em nossas práticas pedagógicas, o que trará melhorias aos nossos alunos”, avalia.

Fernanda também recorda que, para a execução da capacitação, a SEE adquiriu tablets para os professores do Ensino Médio. “Estes tablets são essenciais para a capacitação e já possuem em sua memória todo o conteúdo abordado nos encontros”, explica.

Inovação – Os formadores das CREs que participam da capacitação elogiam a iniciativa e destacam as melhorias que ela trará para as atividades em sala de aula.

Formador da 10ªCRE, que abrange 12 escolas da região norte, Severino Barbosa afirma que o curso vai proporcionar benefícios à aprendizagem dos alunos. “Em nossa região, temos mais de dez mil estudantes matriculados no Ensino Médio e essa formação traz uma nova abordagem da prática da sala de aula, focada em um contexto social que reflete a realidade de nossos jovens. Por meio deste curso, estamos rompendo antigos paradigmas em busca de uma aprendizagem significativa”, afirma.

Sua colega Radjane Batista, formadora da 13ªCRE – que contempla os bairros do Jacintinho, Feitosa, Sítio São Jorge e a faixa litorânea do bairro de Jaraguá até o município da Barra de Santo Antônio – também está confiante de que a capacitação proporcionará mudanças positivas aos 1.800 estudantes de Ensino Médio de sua coordenadoria.

“Por meio destas novas práticas, nossos alunos se identificarão como autores e sujeitos do processo aprendizagem. Também será possível implementar políticas públicas onde o jovem saia do Ensino Médio com uma formação mais humanista que agregue trabalho, ciência, cultura e tecnologia”, estima a educadora.

Primeira Edição © 2011