Curso de História do Campus da Ufal no Sertão recebe conceito 4 na primeira avaliação

25 mar 2014 - 17:04


Pesquisas e projetos de extensão dinamizam ações do curso avaliado por representantes do Ministério da Educação

A promoção de atividades acadêmicas em linhas de pesquisas e projetos de extensão para a formação qualificada de recursos humanos em consonância com a realidade econômica, social, histórica e cultural da região sertaneja rendeu ao curso de História do Campus do Sertão o conceito máximo – 4 – em sua primeira avaliação pela comissão do Ministério da Educação (MEC), numa escala que varia de 1 a 4.

A boa notícia é comemorada pela comunidade acadêmica e administrativa do curso. Segundo o professor José Vieira, esse resultado é muito expressivo e ao mesmo tempo difícil de ser mensurado. “O conceito obtido sinaliza o esforço em torno de um projeto que está em construção e que, como tal, precisa de ajustes, mas que já apresenta de modo positivo a inserção da Universidade Federal de Alagoas no Sertão do Estado e em regiões circunvizinhas: Sergipe, Pernambuco e Bahia”, destaca o professor.

Diversas são as políticas institucionais no âmbito do curso, cujas atividades estão relacionadas aos quatro eixos da ação universitária que são ensino, pesquisa, extensão e gestão e reforça a importância da universidade para o semi-árido: “O ensino superior no Sertão tem papel fundamental na formação dos profissionais de educação, assim como, na produção de conhecimento acerca da história, da cultura, da sociedade, da política e da economia da região e de sua circunvizinhança”, frisa.

O professor destaca o empenho de alunos, dos técnicos, dos prestadores de serviços, dos professores, da coordenação na obtenção desse resultado. “Esforço que aponta para o resgate de uma dívida histórica que o Estado, a sociedade e a universidade pública federal têm com o Sertão e com os sertanejos. E essa dívida começamos a pagar”, enfatiza o professor.

Formação comprometida com o desenvolvimento

Em funcionamento a partir de 2010, quando da implantação do Campus do Sertão, o curso de História funciona na sede em Delmiro Gouveia, atualmente conta 206 alunos matriculados e ainda não formou a primeira turma. O curso funciona no horário noturno, mas segundo o professor José Vieira, as atividades estendem-se rotineiramente aos horários diurno e vespertino. Oferta anualmente 80 vagas (40 por semestre), tem duração mínima de 4 anos e máxima de 6 anos.

Para a formação qualificada de recursos humanos estão em desenvolvimento quatro linhas de pesquisas: Cultura material, meio ambiente e patrimônio histórico; Religiosidade, gênero e etnicidade; Sociedade, cultura e poder; e Educação e ensino de História.Reforçam o aprendizado os seguintes projetos de extensão: Olhares de Clio; Memórias dos Anjos, Identidade do povo; Griôs do Sertão; Abi Axé Egbé; Ser/tão Alagoana; e Vozes do Ser- tão nas tramas de Mnemósine.

José Vieira destaca que a oferta do curso de História (licenciatura), assim como os demais cursos em funcionamento do Campus do Sertão, vai de encontro a demanda da formação superior no Estado. “A formação também se coaduna com a possibilidade de valorizar a história, a sociedade e a cultura do Sertão. A região tem singularidades e enigmas, nem sempre compreendidos pelos centros de formação e de estudos localizados no litoral e no agreste”, afirmou.

Ascom/Ufal

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