30/09/2014 18h59 - Atualizado em 01/10/2014 14h09

Compressores quebram e tratamento de radioterapia é suspenso no HU-AL

Hospital diz que problema deve ser resolvido até a próxima semana.
Tratamento casado de radioterapia e quimioterapia também está suspenso.

Michelle FariasDo G1 AL

 Pacientes que precisam passar por radioterapia no Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (HUPAA) estão há dias com tratamento suspenso. Dona Elza Pacheco Leite tem 93 anos e descobriu há pouco tempo que tem câncer, mas ainda não iniciou as sessões. Segundo o neto dela, Fabrício Pacheco, os funcionários dizem que houve um problema no aparelho de ar-condicionado e isso impede o tratamento dos pacientes oncológicos.

“Minha avó está a cada dia pior. Ela iria iniciar o tratamento na semana passada, mas até agora, nada. Os funcionários dizem que não há nenhuma data para o retorno das atividades no local e nem informam direito o que está acontecendo. Já entrei com uma representação contra o hospital no Ministério Público Federal na tentativa de ter uma resposta e dar um tratamento adequado para a minha avó”, afirma Pacheco.

De acordo com a assessoria do Hospital Universitário, dois compressores de ar do sistema de refrigeração queimaram e isso impede que a máquina que realiza o tratamento seja ligada, suspendendo o atendimento, inclusive, a pacientes que precisam do tratamento casado de quimioterapia com radioterapia. Para estes só é possível fazer um procedimento seguido do outro, portanto, a quimioterapia para eles também é suspensa.

O tratamento dos pacientes com câncer que precisam somente da quimioterapia não foi afetado, segundo o hospital. Para que todo o atendimento seja normalizado, os equipamentos precisam ser substituídos e, para isso, já foi feita uma cotação eletrônica na tentativa de acelerar o processo, o que dispensa a necessidade de licitação.

Enquanto aguardam a substituição dos equipamentos, pacientes sofrem com a espera. De acordo com o neto da dona Elza, só nesta terça-feira (30), mais de 20 pessoas deixaram de ser atendidas. “Eles disseram para procurar a Santa Casa de Misericórdia de Maceió, mas lá só tem vaga para daqui a 3 meses. Em Arapiraca, fica muito inviável porque é longe e minha avó não aguenta uma viagem dessa. Na verdade, nenhum paciente debilitado consegue suportar isso”, afirma.

À reportagem do G1 a assessoria de comunicação da Santa Casa de Misericórida de Maceió disse que o prazo de espera para novos atendimentos é de 45 dias e não de três meses, como Pacheco informou.

Ainda segundo o assessoria, a expectativa da superintendência do HU é de que o processo de compra e instalação dos compressores seja concluída até a próxima semana.

 

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