09/08/2015 08h32 - Atualizado em 10/08/2015 09h01

Pai e filhos dividem uma só profissão e experiências em casa e no trabalho

Marcelo Costa expõe que influenciou os filhos para seguirem a Odontologia.
Irmãos dividem consultório e admiração pelo pai que também é 'dentista'.

Do G1 AL

Muita gente acha que a relação de parentes no trabalho não dá certo, mas para os irmãos Marcelo e Layse, trabalhar na mesma área que o pai não traz dificuldades, mas sim, benefícios. Desde crianças eles foram influenciados a seguir a mesma profissão do pai e contam que tudo ficou mais fácil.

Pais e filhos compartilham a mesma profissão (Foto: Karina Dantas/G1)Pai e filhos dizem não encontrar dificuldades ao compartilhar a mesma profissão (Foto: Karina Dantas/G1)

Marcelo Almeida Costa, 51, é mestre e doutor em cirurgia e implante, professor chefe da disciplina de Cirurgia na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e coautor de dois livros nesta área, ele é pai da Layse Costa, 25, e de Marcelo Victor Costa, 31, ambos também graduados em Odontologia e mestrandos em Radiologia Odontológica e Cirurgia buco-maxilo-facial, respectivamente.

Apesar de atuarem no mesmo consultório em Maceió, não tem patrão. Layse diz que os três são profissionais liberais mas, devido ao conhecimento maior do pai, a bronca não é poupada quando necessário.

“É muito importante que a gente tenha um colega que a gente possa conversar e tirar dúvidas sobre um trabalho, e eu tenho isso em casa. Sei que eu posso ligar a qualquer hora e perguntar porque ele vai me ajudar. Até meus colegas quando ficam com dúvida pedem para eu perguntar para meu pai sobre algo da profissão”, relata Layse.

Marcelo Costa diz que procurou estimar filhos (Foto: Karina Dantas/G1)Marcelo Costa expõe que sempre influenciou os
filhos a optarem pela Odontologia
(Foto: Karina Dantas/G1)

O doutor Marcelo Costa explica que tentou estimular os filhos a seguirem a mesma profissão para poder ajudá-los, já que tem influência e conhecimento na área.

“É preciso ter paciência com os jovens. Meus colegas de profissão falavam o contrário de mim, diziam que queriam uma profissão diferente para os filhos, mas eu não pensei assim”, diz.

Segundo Marcelo Victor, na área profissional odontológica é preciso muito investimento e paciência para fundar uma clínica. “Quando entrei na Ufal, os professores sempre disseram que a faculdade, apesar de ser pública, é ao mesmo tempo semi particular porque exige certo custeio do aluno com aquisição de material para consumo permanente. Exigindo muito planejamento para se montar uma clínica e ter algum lucro”, expõe.

Mas a carreira de dentista não foi sempre o desejo do filho Marcelo Victor Costa, que queria ser jogador de futebol. “Lembro que um dia, quando eu tinha uns 14 anos, eu estava na aula e meu pai ia fazer uma cirurgia em frente ao local onde eu estudava, ele perguntou se eu queria assistir a cirurgia, eu fui e gostei”, conta.

Enquanto a maioria dos estudantes da turma de Layse escolheu odontologia como segunda opção no vestibular, ela sempre afirmou que o curso foi seu único desejo. “Na Ufal, quando falo que ele é meu pai sempre me perguntam como ele é e eu digo que ele é um paizão para a gente e para os alunos também”.

 

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