Servidores e estudantes da rede pública federal em Alagoas realizaram, nesta segunda-feira (3), um protesto em frente ao Hotel Jatiúca, em Maceió, onde acontece um evento com a presença de representantes do Ministério da Educação (MEC). O objetivo do ato, segundo representantes das unidades sindicais, é chamar a atenção do ministério para as reivindicações da categoria, em greve há meses.
"Estamos aqui para demonstrar insatisfação com o corte de R$ 9 bilhões na educação federal. Isso prejudica o aprendizado dos alunos das instituições", relata o diretor sindical da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas (Adufal), Antônio Passos.
Os manifestantes esperavam que o ministro Renato Janine Ribeiro estivesse presente ao evento, mas ele foi representado por Paulo Gabriel Soledade Nacif, secretário do MEC.
Passos afirma que os servidores pedem um reajuste salarial de 27% com base na inflação, um realinhamento no plano de cargos e carreiras e, melhorias na qualidade de ensino.
O professor do Instituto Federal de Alagoas (Ifal) e integrante do comando de greve, Gabriel Magalhães, afirma que o governo federal nega as negociações com os sindicatos. "Há um movimento nacional ao qual estamos fazendo parte. O governo se nega em aceitar as nossas reivindicações. Isso é inadmissível”, relata Magalhães.
Em reunião realizada no dia 20 de julho, o governo federal, por meio do Ministério do Planejamento, manteve a contraproposta apresentada um mês antes de reajustar em 21,3% os salários dos servidores a partir de 2016, valor a ser pago em quatro anos. A oferta foi recusada pelas categorias.
Além dos servidores, diversos alunos estiveram presentes para apoiar o ato, como é o caso da Luciane Araújo, representante do Diretório Central dos Estudantes (DCE). "Estudantes também estão organizados para as melhorias no ensino. Vivemos um caos nas universidades, as bolsas e as obras estão atrasadas”, conta.
Alguns representantes dos sindicatos vão acompanhar a reunião. A organização estima que há aproximadamente 150 pessoas no ato.