Comissão de Educação da Assembleia realiza seminário sobre o PEE

por Comunicação/ALE publicado 30/11/2015 20h53, última modificação 30/11/2015 20h53

A Comissão de Educação, Saúde, Cultura e Turismo da Assembleia Legislativa, formada pelos deputados Francisco Tenório (PMN) – presidente, Jó Pereira (DEM) - relatora do Plano Estadual de Educação (PEE) - e Inácio Loiola (PSB), em parceria com o Fórum Permanente de Educação de Alagoas, realizou nesta segunda-feira, 30, no auditório do Senai, o primeiro seminário para debater o PEE.

Neste primeiro dia, o seminário foi dividido em dois momentos. O primeiro, realizado na parte da manhã, debateu as políticas de alfabetização e escolarização básica e, à tarde, aconteceu a discussão sobre as juventudes e a escolarização básica (médio e profissionalizante). Diversos atores que abordam o assunto em Alagoas participaram do seminário, entre eles representantes do Governo do Estado, do Sinteal e da Universidade Federal de Alagoas (Ufal).

O tema da manhã teve como palestrantes os professores da Ufal, José Márcio de Oliveira e Abdízia Maria Barros, que falaram sobre o analfabetismo na educação básica no País e fez um panorama da situação no Estado. “Os números do analfabetismo em Alagoas melhoraram nos últimos tempos, mas a gente consegue se manter num alto índice na média nacional. Temos hoje no Estado o maior índice de analfabetismo funcional de jovens e adultos”, alertou.

Abdízia Barros também falou dos desafios que precisam ser enfrentados nos próximos anos, como por exemplo, a descontinuidade das políticas e gestões educacionais no Estado, a formação inicial e continuada dos professores e a realidade do Estado, que ainda se mantém detentor do maior índice de analfabetismo no Brasil. “Para enfrentar estes e outros desafios temos alguns entraves que precisam ser superados, como a falta de apoio das prefeituras ao Pacto Nacional pela Alfabetização da Idade Certa (PNAID) e a descontinuidade da política e gestores municipais, interferindo diretamente nas ações do PNAID”, relatou.

A deputada Jó Pereira disse que discutir políticas de alfabetização e escolarização básica é de grande importância, principalmente se for analisar os números da alfabetização no Estado. “Nada perpassa na educação se não falarmos inicialmente na alfabetização, seja de criança ou de jovens e adultos. A comissão está buscando aparelhamento técnico para então propor emendas ao texto encaminhado pelo Poder Executivo”, afirmou. A deputada também apresentou algumas sugestões durante o seminário: continuidade do PNAID, metas e estratégias que tragam padrões objetivos de qualidade da educação pública e a melhor maneira de estimular os municípios a fazerem adesão ao Programa.

À tarde foi a vez da comissão debater as juventudes e a escolarização básica (médio e profissionalizante). Três palestrantes foram convidados: as professoras da Ufal, Rosimeire Reis da Silva e Claudiane Pimentel e a professora da Uneal, Maria das Graças Correia Gomes. Após as palestras, os deputados abriram os microfones para o debate.

A professora Rosimeire Reis, a primeira a realizar a palestra, dividiu sua fala em três momentos: juventude e escola – concepções da juventude e de seus lugares no espaço escolar; aspectos das pesquisas sobre o tema em Alagoas; e desafios para as políticas públicas. “Temos alguns desafios a serem superados no Estado, como a desvalorização profissional dos professores, a falta de infraestrutura, a necessidade de aprofundamento sobre o ensino médio, a fragmentação dos tempos e espaço escolares e a necessidade de espaço contínuo de formação a partir das necessidades da escola”, disse.

Neste campo de debate, a deputada Jó Pereira coletou algumas sugestões apresentadas pelos participantes do seminário, entre elas, o investimento em infraestrutura atrativa, o conceito de juventude como pessoa de direito, o espaço de aprofundamento da informação, políticas direcionadas para evitar a evasão, além de metas e estratégias para avançar na distorção idade/série.

Por fim, o presidente da comissão, deputado Francisco Tenório, destacou a relevância do debate e mostrou como é fundamental para melhorar os índices educacionais do Estado, debater juventude e a escolarização básica. “Temos que pensar num ensino médio profissionalizante que assegure os jovens na escola até a sua conclusão. A evasão escolar é muito grande durante o período do curso”, destacou.

Nesta terça-feira, 21, o seminário irá debater, pela manhã, a igualdade de gênero e a diversidade sexual na educação. À tarde, a discussão é sobre a valorização dos profissionais da educação: formação, carreira e salário. Os encontros acontecerão no auditório do Senai