Bolsistas bloqueram a entrada da universidadeem protesto nesta quarta-feira (1º)
(Foto: Arquivo Pessoal/ Cléverton Silva)
Após manifestação dos estudantes bolsistas, realizada na manhã desta quarta-feira (1º), a Universidade Federal de Alagoas (Ufal) informou, em nota, que o pagamento das bolsas atrasadas relativas ao mês de maio será regularizado até sexta (3), para os correntistas do Banco do Brasil, e até segunda (6) para os que tem contas em outros bancos.
Os estudantes foram recebidos pelo diretor do Departamento de Contablidade e Finanças (DCF) da instituição, Allan Souza. Ele explicou que o Ministério da Educação (MEC) repassou recursos à universidade na noite de terça (30), e que as ordens de pagamento já estão sendo processadas.
O reitor da universidade, Eurico Lôbo, disse que a situação de pagamentos atrasados tende a se regularizar.
"A orientação é de que a partir deste mês de julho o repasse seja feito a cada dez dias (10, 20 e 30 de cada mês). A Ufal é um órgão executor e no que compete a instituição ela faz todo o planejamento para o pagamento, mas tem que aguardar a liberação dos recursos", afirma o reitor.
A Ufal informa ainda que os estudantes que estejam realizando atividades essenciais, como pesquisa ou extensão, têm direito a atendimento no Restaurante Universitário (RU). Os coordenadores desses projetos devem providenciar o envio dos nomes dos bolsistas para que o atendimento seja realizado.
Protesto
Os bolsistas da Ufal se mobilizaram, na manhã desta quarta para cobrar o pagamento do mês de maio. Eles fizeram um ato em frente ao campus em Maceió e, em seguida, foram para a reitoria.
Os manifestantes alegam que cerca de 1,3 mil estudantes trabalham em setores da universidade e ainda não receberam. Eles reclamam que a universidade não deu nenhuma justificativa para o atraso no pagamento.
“Ficamos sabendo pela imprensa que o reitor comunicou que os bolsistas não iriam receber porque o MEC [Ministério da Educação] não repassou o dinheiro, mas isso não foi informado aos estudantes”, diz a bolsista Núbia Mota, que cursa História e recebe uma bolsa de pesquisa.
Núbia fala que muitos alunos dependem do valor que recebem da bolsa para se manter na universidade. “Só na área que atuo são 400 estudantes que dependem da bolsa. E muitos usam para manter alimentação, aluguel e outros gastos. Se esse dinheiro falta pode comprometer a vida acadêmica”, reclama.
Ufal diz que MEC não fez repasse
No final de junho, a Ufal havia informado que o pagamento de bolsas da graduação e da pós-graduação estava suspenso. Segundo a nota, o MEC não tem repassado os valores devidos desde o início do ano e o último repasse, que ocorreu em maio, foi só de 30% do valor total, que é de R$ 10 milhões.
