15/02/2016 13h00 - Atualizado em 15/02/2016 17h15

HU-AL é autuado por descartar lixo comum com resíduo hospitalar

Lixo hospitalar foi enviado ao aterro sanitário de Maceió irregularmente.
Superintendência afirma que atitude é classificada como crime ambiental.

Carolina Sanches e Michelle FariasDo G1 AL

Lixo comum foi descartado pelo HU misturado ao lixo hospitalar (Foto: Carolina Sanches/G1)Lixo comum foi descartado pelo HU misturado ao lixo hospitalar (Foto: Carolina Sanches/G1)

A Superintendência de Limpeza Urbana de Maceió (Slum) devolveu cerca de três toneladas de lixo ao Hospital Universitário Alberto Antunes (HUAA) e autuou a unidade nesta segunda-feira (15). Segundo a superintendência, o lixo comum foi encaminhado ao aterro sanitário misturado ao resíduo hospitalar, o que é ilegal.

O lixo teve que ser devolvido ao hospital para que ele faça o descarte corretamente, já que agora todo o material é considerado contaminado pelos órgãos ambientais.

Lixo contaminado foi devolvido ao Hospital Universitário (Foto: Carolina Sanches/G1)Lixo contaminado foi devolvido ao Hospital
Universitário (Foto: Carolina Sanches/G1)

Em entrevista ao G1 o Diretor Geral do HU, Dr. Paulo Teixeira, informou que o hospital já está tomando medidas preventivas para que o descarte de lixo seja feito de maneira adequada.

"Estive em reunião agora há pouco com representantes da Slum, e acordamos um treinamento para servidores da área de limpeza do hospital, voltado para o descarte do lixo".

O treinamento está previsto para ser iniciado ainda esta semana. Os servidores do hospital serão orientados e supervisionados por agentes da Slum nas primeiras semanas.

O coordenador de fiscalização de Limpeza Urbana, Carlos Tavares, disse que existe uma fiscalização dentro do aterro que identifica se o lixo encaminhado ao local está dentro dos padrões necessários.

"Assim que é constatada a irregularidade, nós somos acionados para resolver [o problema]", diz.

Durante a fiscalização, foi verificado que havia material de lixo hospitalar como seringa, catetes, algodão sujo com sangue e frascos de remédio. "Essa situação se repete e se não houver fiscalização, vai para o aterro. É um crime ambiental", afirma Tavares.

A unidade foi notificada pela Slum porque não foi apresentado o certificado da incineração. Além disso, o hospital também foi autuado pela Secretaria de Meio Ambiente (Sempma) por crime ambiental.

O coordenador de Fiscalização da Sempma, Júlio Dias, disse que não é a primeira vez que o hospital comete irregularidades dessa natureza. "Será feito um auto de infração e reincidência", afirma.