Fapeal discute economia criativa com outras seis fundações do Nordeste

30/07/2016 16:28

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Agência Alagoas

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A Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal) recebeu representantes de seis estados nordestinos para reunião sobre economia criativa, na sexta-feira (29). As fundações estão somando esforços para captar recursos que viabilizem projetos e editais voltados para a economia criativa e negócios inovadores na região.

Num momento de crise é preciso inovar também nos arranjos institucionais,  e nada mais importante do que agregar a força das fundações estaduais na busca de novas possibilidades, recursos e parcerias que possam contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico em cada estado do Nordeste”, explicou o diretor-presidente da Fapeal, professor Fábio Guedes.

 O dia começou com a palestra “Economia Criativa e o Potencial Nordestino”, do professor Elder Patrick Maia, da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), doutor em Sociologia e especialista no assunto.

Games, moda, artes visuais, patrimônio cultural, gastronomia e produtos multimídia são exemplos de produtos altamente rentáveis no setor, cada vez mais presentes na cultura digital e nas tendências atuais de consumo.

De acordo com a definição da Unesco, as atividades da economia criativa são baseadas no conhecimento e produzem bens tangíveis e intangíveis, intelectuais e artísticos, com conteúdo criativo e valor econômico.

Em termos mais práticos, o sociólogo explica que a economia criativa alia expressões populares, saberes, tradições e o senso de pertencimento e identidade a serviços, produtos e atividades que geram emprego e renda e estão relacionadas com a dignidade material, sobretudo dos jovens e pessoas ligadas a segmentos de atividades artísticas.

“Todos os gestores demonstram muito interesse. Embora de áreas distintas do conhecimento, estão muito sensíveis. É uma notícia muito bem-vinda”, comentou Elder Maia sobre a ocasião.

Para João Vicente Lima, diretor executivo de Ciência, Tecnologia e Inovação da Fapeal, “Várias ações foram vislumbradas como possíveis de forma articulada por todas as fundações. E estamos falando do Nordeste. Toda essa realidade resultante da expressão criativa da gente nordestina pode, por meio de uma ação induzida de maneira correta, gerar projetos na nova economia do mundo”.

Neste sentido, as fundações estaduais deverão trabalhar em conjunto para viabilizar chamadas públicas de financiamento capazes de induzir projetos que transformem produtos da cultura ímpar do Nordeste em empresas, produtos e empreendimentos dentro deste universo.

Primeira Edição © 2011