A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) e a Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) Neonatal do Hospital Universitário Prof. Alberto Nunes (HUPAA), em Maceió, enfrentam problemas de superlotação. Neste final de semana, a UTI neonatal, que possui capacidade para atender 10 bebês, estava com 17. Nesta segunda-feira (23), o número diminuiu para 15.
Além da UTI, a UCI neonatal que tem capacidade para 19 crianças estava com 21 em atendimento. Essa mesma situação já apresentou problemas em fevereiro. Na ocasião, foi confirmada a morte de três bebês prematuros.
Segundo o diretor médico do HUPAA, Sebastião Praxedes, a superlotação também afeta a equipe que trabalha no hospital. “Sobrecarrega os funcionários que precisam fazer um trabalho delicado para cuidar bebês que necessitam de uma ajuda especial”, diz.
O Hospital Universitário está sobrecarregado por conta da falta de leitos no interior e nas maternidades da capital.
Sobre a situação do interior, de acordo com a Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas (Sesau), existe um mapa que determina para onde as gestantes de baixo risco do interior devem se dirigir no momento do parto. Portanto, não é necessário utilizar as maternidades de alto risco da capital.
Já em Maceió, a Maternidade Santa Mônica está com 26 leitos novos, prontos para funcionar, mas ainda com falta de equipes de médicos e técnicos. No acordo, feito em fevereiro com o Ministério Público (MP) a maternidade deveria colocar pelo menos 11, dos 26 leitos, para funcionar em até 90 dias.
Entretanto, de acordo com a Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), foi solicitado ao MP a prorrogação do prazo de ativação dos leitos. No momento, a Uncisal tenta viabilizar a nomeação dos aprovados no cadastro de reserva do último concurso, para aumentar a quantidade de profissionais.
