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Professores da Ufal decidem entrar em greve contra a PEC 55

Decisão teve 130 votos a favor, 5 contra e 6 abstenções; objetivo é barrar aprovação da PEC

28/11/2016 17h05
Professores da Ufal decidem entrar em greve contra a PEC 55

Foi aprovada em assembleia no auditório do Centro de Interesse Comunitário no início da tarde desta segunda-feira (28) a greve dos docentes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal). Eles aderem ao movimento que luta contra a aprovação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 55, antiga 241, e a reforma do Ensino Médio. Foram 130 votos a favor, cinco contra e seis abstenções. O objetivo maior é barrar a aprovação da PEC que será votada em primeiro turno nesta terça-feira (29) em Brasília. A paralisação é por tempo indeterminado e será iniciada efetivamente na quinta-feira (1º).

O vice-presidente da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Alagoas, professor Ricardo Coelho, afirmou à reportagem do Tribuna Hoje que o grande objetivo é fortalecer a mobilização nacional e conseguir que a PEC não seja aprovada. “Nosso objetivo é tentar barrar dentro do Congresso Nacional a aprovação da PEC 55. Entendemos que a PEC vai sucatear as universidades públicas e o serviço público de modo geral, porque vai reduzir demais os recursos destinados às universidades”, disse.

Ricardo falou também que várias caravanas estão indo para acompanhar e reforçar a luta em Brasília. “Amanhã vai ser votado em primeiro turno no Senado e está tendo uma mobilização nacional, tem estudantes e professores que já estão se deslocando pra Brasília. Aqui de Alagoas já saíram três ônibus e a previsão é que até o segundo turno dia 13 nós tenhamos uma grande mobilização nacional para derrotar a questão da aprovação dessa PEC”, pontuou o vice-presidente da Adufal.

A assembleia define ainda os últimos detalhes do calendário durante a greve. O que já está certo é a realização de assembleias semanais nas segundas-feiras. Nesses encontros as reformas do governo federal serão debatidas.

“Que dentro dessas assembleias a gente faça o debate sobre as reformas propostas pelo governo Temer, reforma da previdência, reforma do trabalho, reforma do serviço público, afetados pela PEC 55, a ideia é fazer uma greve de debates, de mobilização, participação dos professores, assim como apoiar as ocupações em curso dos estudantes tanto universitários como secundaristas”, finalizou Ricardo Coelho.