06/10/2016 16h29 - Atualizado em 06/10/2016 17h14

Exército diz que jovem fardado que intimidou alunos na Ufal não é militar

Ele e outro rapaz rasgaram cartazes e ameaçaram professora no ICHCA.
Caso gerou repercussão na internet; Procuradoria Federal foi acionada.

Derek GustavoDo G1 AL

O rapaz fardado envolvido no caso de invasão e intimidação de alunos do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) não faz parte do Exército Brasileiro. A informação foi confirmada pela instituição ao G1 nesta quinta-feira (6).

Segundo postagens feitas nas redes sociais na tarde de terça (4), o rapaz vestido como militar e um outro, identificado como Antonio David, que se apresenta como Delegado Nacional do Partido da Reedificação da Ordem (Prona), foram ao prédio do ICHCA e arrancaram cartazes e panfletos que defendiam o socialismo.

Na publicação, David afirma que a ação durou cerca de 40 minutos, e que o suposto militar estava armado. Ele diz também que defende a “repressão constante e massiva” de estudantes favoráveis ao socialismo, e ameaçou levar “uma tropa para limpar esse pandemônio”, fazendo alusão ao prédio dos cursos de ciências sociais.

A assessoria de comunicação da Ufal disse que a dupla também agrediu uma professora verbalmente e ameaçou colocar uma bomba no prédio da instituição. A universidade afirmou que acionou a Procuradoria Federal para investigar o caso.

Uma foto dos dois envolvidos foi postada nas redes sociais. Nela, o rapaz vestido de militar aparece prestando continência. De acordo com informações do 59º Batalhão de Infantaria Motorizada (BIMTz), ele não tem ligação e nunca fez parte do Exército Brasileiro.

O Exercito continua dizendo que prosseguirá apurando o caso, para identificar onde e como o rapaz conseguiu o uniforme da instituição, além de possíveis punições. A Advocacia Geral da União (AGU) está sendo consultada sobre o caso.

 

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