Perícia confirma que corpo achado carbonizado é de professor da Ufal

Por Redação com G1 Alagoas 11/10/2016 11h11 - Atualizado em 11/10/2016 14h02
Por Redação com G1 Alagoas 11/10/2016 11h11 Atualizado em 11/10/2016 14h02
Perícia confirma que corpo achado carbonizado é de professor da Ufal
Professor da Ufal está desaparecido desde o dia 20 de Setembro. - Foto: Reprodução/TV Gazeta
A Perícia Oficial de Alagoas divulgou nesta terça-feira (11) que o exame de DNA feito no corpo carbonizado encontrado dentro de um carro em Rio Largo confirmou que o cadáver é do professor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), Daniel Thiele, 35.

O laudo cadavérico apontou que ele foi morto por traumatismo crânio encefálico e por instrumento perfuro-contundente provocado por arma de fogo e, em seguida, seu corpo foi carbonizado. O resultado do laudo cadavérico e do exame de DNA será encaminhado para a delegacia responsável pela investigação.

O professor estava desaparecido desde o dia 20 de setembro. Thiele era natural do Rio Grande do Sul e dava aulas no Instituto de Química e Biotecnologia (IQB) da Ufal. O irmão do professor, Marcelo Thiele, disse que a última vez que a família teve contato com o professor foi no dia 18 de setembro, quando o pai deles conversou por telefone com o filho que estava em Maceió. Ele não notou nenhuma mudança no comportamento de Thiele. O irmão dele disse que toda a família foi surpreendida pela notícia do desaparecimento.

Marcelo Thiele disse que o corpo será levado para o Rio Grande do Sul. “Como meu irmão já havia manifestado a vontade, o seu corpo será cremado e no final de semana iremos realizar uma cerimônia de despedida para ele”, disse.

Na última quinta-feira (6), o delegado Felipe Caldas, que investigava o desaparecimento do professor afirmou que o corpo encontrado na manhã desta quinta-feira (6) em um carro carbonizado estava no banco de trás e com um arame em volta do pescoço.
 

Veículo pegou fogo e foi achado entre os município de Rio Largo e Pilar 

A polícia confirmou que o carro era do professor, mas não tem certeza da identidade da vítima. "Encontramos um corpo carbonizado no banco traseiro do veículo. Ele estava sentado, com um arame em volta do pescoço, mas ainda não podemos afirmar se ele morreu asfixiado", disse o delegado.

Suspeitos presos
Os irmãos Emerson Palmeira da Silva e Anderson Palmeira da Silva foram presos nesta manhã e levados para a sede da Divisão Especial de Investigação e Capturas (Deic), em cumprimento a mandados de prisão temporária expedidos pelo juiz da 9ª Vara Criminal, John Silas.

Eles foram presos por homicídio qualificado e ocultação de cadáver. De acordo com a polícia, o chip do celular do professor foi usado por um dos irmãos, o Anderson, mas a motivação do ainda não foi esclarecida.

Os dois negam participação no crime. Pela manhã, a esposa de Emerson Silva foi à delegacia para tentar informações do marido. Ela disse que ele é inocente. "Ele é pai de família, não tem envolvimento com nada ilegal".

Outras duas pessoas, um homem e um adolescente, haviam sido detidas para averiguação. Elas foram ouvidas e liberadas pela polícia.