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Comunidade universitária se une contra ato agressivo realizado na Ufal

Por Ascom Ufal 07/10/2016 12h12
Comunidade universitária se une contra ato agressivo realizado na Ufal

Estudantes, professores do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA) e de outras unidades da Ufal se reuniram, nessa quinta-feira (6), para se posicionar contra o ato agressivo de um integrante do movimento intitulado “Nacionalistas” que, na última terça-feira, esteve no prédio do Ichca, rasgou cartazes, intimidou pessoas e ainda fez ameças nas redes sociais.

O auditório do Ichica ficou lotado e, entre os presentes, a certeza de que o fato não se trata de uma atitude isolada e da necessidade de união da comunidade universitária. “Não devemos encarar como brincadeira, pois sabemos que isso representa uma postura fascista. Devemos demonstrar a importância do espaço democrático e agir com firmeza para que atos de intolerância, semelhantes aos ocorridos na UFRJ [Universidade Federal do Rio de Janeiro], não venham ocorrer aqui”, defendeu o estudante de história, Gabriel Santos.

Membro da Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados (OAB), Edilane Alcântara, esteve presente na reunião para prestar solidariedade e colocar a comissão à disposição dos estudantes e servidores da Universidade. “Somos solidários a toda comunidade universitária e estamos disponíveis para defender a Ufal, essa instituição tão querida e respeitada”, disse.

O vice-reitor José Vieira também esteve presente e falou sobre a gravidade do fato ocorrido no Ichca. “Foi um ato contra a democracia, contra a sociedade brasileira. A cultura do ódio e da violência não podem ser tolerados. Não podemos admitir que práticas como essa, que não se trata de uma ação isolada, uma vez que já houve casos em Sergipe, em Santa Catarina e na UFRJ, sejam admitidas. Defendemos o debate, o espaço democrático para manifestação do pensamento e o pluralismo de ideias”, afirmou. “Já acionamos a Procuradoria Federal da Universidade para averiguar o caso internamente, garantindo o devido processo legal, o contraditório e a ampla defesa”, disse o vice-reitor ao acrescentar que o caso também foi notificado para a Polícia Federal e o Exército Brasileiro.