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Ufal divulga nota de repúdio sobre depredação no prédio de Ciências Humanas

06/10/2016 14h02
Ufal divulga nota de repúdio sobre depredação no prédio de Ciências Humanas

Uma postagem feita na no Facebook na última terça-feira, 04, gerou polêmica entre os estudantes da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). Nela, dois rapazes, um deles vestido com uma farda que se assemelha a do Exército Brasileiro, aparecem dentro do prédio do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), da Ufal, fazendo continência militar e defendendo a “repressão constante e massiva” de estudantes que defendem o socialismo.

O ato foi postado nas redes sociais e realizado por Antonio David, que em  seu texto  exaltou o “nacionalismo” e ameaçou levar uma levar “uma tropa para limpar esse pandemônio”, fazendo alusão ao prédio dos cursos de ciências sociais, e os cartazes de apoio a causas sociais.


Segundo informação dos estudantes e professores, integrantes do movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram ao local juntos com Antonio David, que estava portando uma arma, arrancando e rasgando cartazes. Uma professora, inclusive, relatou que sofreu agressão verbal e que houve ameaça de lançamento de um explosivo no Instituto.


Na noite desta quarta-feira (5), a Assessoria de Comunicação da Universidade enviou à imprensa uma nota afirmando que a direção da instituição repudia com veemência estes acontecimentos.


Segue na íntegra a nota


A reitora da Universidade Federal de Alagoas, professora Maria Valéria Correia, e o vice-diretor do Instituto de Ciências Humanas, Comunicação e Artes (ICHCA), professor Alberto Vivar Flores, repudiam veementemente os acontecimentos envolvendo a comunidade acadêmica do Instituto, que relatou atos de violência, intimidação, perseguição e extremismo na localidade, conforme pode ser visualizado em postagens e vídeos que circulam nas redes sociais.


Segundo informação dos estudantes e professores, integrantes do movimento intitulado "Nacionalistas" chegaram ao local acompanhados de uma pessoa vestida com a indumentária alusiva ao Exército Brasileiro, portando arma, arrancando e rasgando cartazes. Uma professora, inclusive, relatou que sofreu agressão verbal e que houve ameaça de lançamento de um explosivo no Instituto.


No perfil do Facebook de um defensor do movimento, consta o seguinte: "Não somos doces, somos amargos!!!! Repressão constante e massiva. Aos esquerdinhas, levei apenas um militar, se chorarem muito, na próxima levarei à (sic) tropa toda para limpar esse pandemônio".


Diante desses acontecimentos, a gestão da Universidade reitera o princípio da pluralidade e o espírito democrático, não admitindo qualquer forma de repressão, perseguição ou coação. Por isso, o caso já foi encaminhado à Procuradoria Federal para que seja realizada uma apuração interna e tomada das providências legais cabíveis.