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15/04/2017 às 18h00

Geral

Bimedalhista destaca importância da OBMEP para futuro acadêmico

Ex-aluno das escolas estaduais Irene Garrido e Manoel de Araujo Dória hoje é mestrando de Matemática na Ufal

Davis Magalhães divide seu tempo entre a conclusão da graduação de Matemática e o início do Mestrado na mesma área - Foto: Valdir Rocha

A rotina de Davis Magalhães é intensa. Durante toda a semana, ele passa os dois horários na Universidade Federal de Alagoas (Ufal), onde divide seu tempo entre a conclusão da graduação de Matemática – está pagando os últimos créditos do curso - e o início do Mestrado na mesma área. Ex-aluno das escolas estaduais Irene Garrido e Manoel de Araujo Dória e bimedalhista da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), o estudante é um exemplo de como o estudo pode abrir horizontes na vida de um jovem.

Ele descobriu seu fascínio pela Matemática ainda no ensino fundamental, na Escola Manoel de Araujo Dória, onde iniciou sua participação na OBMEP, obtendo duas menções honrosas na competição. No ensino médio, já na Escola Irene Garrido, conquistou duas medalhas: bronze em 2012 e prata em 2013.

“Tive excelentes professores, que me incentivaram muito, a exemplo da professora Lucimar e o professor Arlindo, na Irene Garrido, e o professor Sinvaldo Gama, na Ufal. Muitos alunos dos ensinos fundamental e médio pensam que a Matemática não é atrativa, mas a olimpíada nos mostra como ela pode ser instigante. Por meio dela, também aprendemos a trabalhar a metodologia de resolução de problemas, algo que traz benefícios em todos os aspectos de nossa vida”, frisa Davis.

Pesquisa

Como todo medalhista da OBMEP, Davis teve a oportunidade de receber bolsa de iniciação científica desde o ensino médio, quando participou do Programa de Iniciação Científica Jr (PIC). Na universidade passou a integrar o Programa de Iniciação Científica e Mestrado (PICME), onde realizou estudos avançados em Matemática, simultaneamente com a graduação.

“Quando se é medalhista da OBMEP, você tem a oportunidade de participar de pesquisas e ser acompanhado por um professor da universidade durante toda a sua vida acadêmica. A Olimpíada também nos dá uma excelente base e, na graduação, temos a chance de estudar assuntos além de nossa grade curricular”, conta Davis.

Adelailson Peixoto, coordenador da OBMEP em Alagoas e professor do Instituto de Matemática da Ufal, relata que, assim como Davis, muitos ex-medalhistas trilham um caminho de sucesso na vida acadêmica.

“Desde a escola procuramos estimular estes alunos que se destacam na Olimpíada, mostrando um direcionamento e uma nova perspectiva no seu futuro acadêmico. Tivemos um medalhista, por exemplo, que, antes da olimpíada, passou por sérias dificuldades financeiras em sua família, mas hoje foi aprovado em dois doutorados, um no Instituto Nacional de Matemática Pura e Aplicada (Impa), e outro na Alemanha. Todo esse trabalho é potencializado pela atuação dos professores nas escolas de educação básica”, ressalta.

De volta pra casa

Mesmo com sua cansativa maratona de estudos, Davis não perdeu o contato com a sua antiga escola, a Irene Garrido, e sua professora Lucimar. Ele confessa que, um dia, gostaria de voltar como professor. “Tenho muito carinho por esta escola e quero compartilhar todo o conhecimento adquirido na minha vida acadêmica, revertendo-o em algo benéfico para nosso Estado e compartilhando-o com outros jovens da rede pública”, revela o universitário.

Sua professora Lucimar, hoje diretora-geral da Escola Irene Garrido, não esconde o orgulho pelo sucesso de Davis. “Sempre incentivei todos os nossos alunos a participarem da OBMEP e o sucesso de Davis na Olimpíada e na universidade me enche de alegria. Hoje ele me mostra cálculos complexos de Mestrado que não vi em minha especialização e perceber que ele chegou a um patamar tão elevado é gratificante. Além dele, temos outro ex-aluno neste mesmo Mestrado, o Henrique, que hoje é nosso professor efetivo”, afirma a educadora.


Fonte: Agência Alagoas

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