Alagoas

Cícero Ferro se tratava de doença desde maio deste ano

02/12/17 - 10h54

O ex-deputado Cícero Ferro, de 63 anos, tratava uma síndrome adquirida no ano passado e descoberta em maio deste ano, quando faleceu, nessa sexta (01), na Santa Casa de Misericórdia de Maceió.

O TNH1 esteve neste sábado (02) no velório, no cemitério Parque das Flores, em Maceió, e conversou com a filha do ex-deputado, Thacianny Ferro. Acompanhada dos familiares, ela contou que o pai enfrentava uma batalha contra a Síndrome de Lyme, popularmente chamada de síndrome do carrapato, desde maio, quando foi diagnosticado.

Velório no Parque dos Flores:

Com o tratamento, a imunidade de Cícero Ferro teve uma queda sensível e levou a uma infecção generalizada no pulmão, somada a uma infecção urinária.

Na quinta-feira, por volta da meia-noite, o ex-parlamentar deu entrada na Santa Casa com insuficiência respiratória, o que levou a insuficiência cardíaca e provocou a morte dele após uma parada cardiorrespiratória.

“Ele teve uma melhora considerável na sexta de manhã; conversou, fez pagamentos da fazenda, porque era dia 1º. Mas às dez horas da noite ele teve a parada. Os médicos tentaram reanimar, mas dez e cinquenta ele faleceu”, relatou à reportagem.

Uma das filhas de Ferro e o genro são médicos e acompanharam de perto o atendimento. O genro chegou a participar da tentativa de reanimação junto ao corpo médico da Santa Casa.

Trajetória

Cícero Ferro nasceu em Minador do Negrão, onde foi prefeito e fazendeiro. A filha conta que boa parte dos moradores da cidade têm parentesco com a família e, por isso, desde ontem eles recebem muitas ligações e mensagens de condolências pelo falecimento.

O ex-deputado sofreu um atentado em 2004 a tiros, quando saía da fazenda Santa Izabel, em Minador do Negrão. Ele e o motorista José Maria Ferro estavam em um carro que foi alvejado com mais de 150 tiros. Os autores do crime, já condenados, foram José Ilton Cardoso Ferro, conhecido como Zé Nilton, e seus filhos.

Para Thacianny Ferro o fato provocou uma rixa na família, mas não diminuiu o prestígio do pai na região do Agreste de Alagoas.

Como deputado, ela conta que as principais ações do pai foram voltadas para a Saúde. Ele era médico formado pela Ufal e até o ano passado exercia a profissão. “Ele nunca cobrou por uma consulta”, rememora.

Também como parlamentar, ele foi condenado na Operação Taturana, que investigou o pagamento de empréstimos pessoais de deputados com dinheiro público. O rombo na Assembleia Legislativa foi de mais de R$ 300 milhões.

Velório e cremação

O velório do ex-deputado estadual, Cícero Ferro, vai até às 15h, quando haverá uma missa, e em seguida o corpo segue para cremação, em Recife.