Alunos, professores e arquitetos se reuniram para discutir sobre o futuro do Alagoinha (Foto: Lyara Cavalcanti/Arquivo Pessoal)Estudantes de arquitetura e urbanismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) organizaram nesta terça-feira (14) um debate para discutir a revitalização do antigo Alagoas Iate Clube, o Alagoinha, localizado na Ponta Verde. Eles criticam a aprovação do projeto sem que a população tenha sido ouvida a respeito.
Em dezembro de 2016, o governador Renan Filho (PMDB) assinou uma ordem de serviço para a recuperação da estrutura. De acordo com a universitária Cora Rocha, o grupo não é contra a revitalização do Alagoinha, no entanto, é contra a reforma que foi oferecida pelo governo.
“A gente não aceita que um marco histórico de Maceió seja reformado de maneira antidemocrática, para uma construção que será segregadora e não remete a nenhuma memória do espaço”, explicou Cora.
Para o debate, o grupo de estudantes criou o movimento Abrace o Alagoinhas, com intuito de contribuir com ideias para o projeto do novo Marco Referencial, que vai substituir o monumento anterior.
Participaram da reunião professores, arquitetos e alunos dos cursos de design, direito, engenharia ambiental, serviço social e comunicação social. Eles elaboraram um abaixo-assinado com 80 assinaturas, com sugestões para a nova construção.
As obras do novo projeto estão avaliadas em R$ 10 milhões e já foram iniciadas em janeiro deste ano, com previsão para finalizar em dezembro.
De acordo com a Secretaria de Estado da Infraestrutura (Seinfra), a primeira etapa do Marco Referencial será composta por sete quiosques de alimentação, concha acústica com palco para apresentações, dois mirantes e um espaço cultural climatizado.
Do antigo Alagoinha, na Praia da Ponta Verde, só sobraram as ruínas (Foto: Jonathan Lins/G1)
