Ufal emite nota técnica sobre possível falência

Diante da repercussão das reportagens sobre a situação financeira da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e para esclarecer o que está sendo feito para manter o funcionamento da instituição, apesar dos cortes no orçamento, a Pró-reitoria de Gestão Institucional emitiu nesta segunda-feira, 3, uma nota técnica.

Uma primeira nota já tinha sido publicada acerca do orçamento de 2017, em abril, em que a universidade já destacava a redução de mais de 17% do orçamento de custeio e investimento em relação ao ano de 2016.

Ao final do mês de abril, a Secretaria de Orçamento Federal do Ministério do Planejamento, Desenvolvimento e Gestão liberou cotas orçamentárias de forma que as mesmas alcançassem o percentual de 60% do orçamento de custeio e 30% do orçamento de capital.

Confira a nota na íntegra aqui.  

No sábado, o EXTRA repercutiu uma reportagem publicada pelo jornal Gazeta de Alagoas, que informou que a Ufal teria R$ 23 milhões a menos para fechar as contas até o final de 2017. 

O orçamento deste ano é de R$ 758 milhões. O corte foi de 17%, comparado a 2016; em maio, nova tesourada: menos R$ 14 milhões. O MEC diz que é a crise econômica. Do orçamento anual da Ufal fixado em R$ 780 milhões, 78% representam gastos com a folha de pessoal. 

O restante é aplicado da seguinte forma: 16% em verba de capital (equipamentos e obras) e pouco menos de 4% em custeio. O custeio mensal – a verba de funcionamento que compreende gastos com limpeza, segurança, viagens – está em R$ 6 milhões. Com a situação, a universidade corre o risco de fechar as portas.

Segundo a nota técnica, apesar das adversidades, "a Ufal procura priorizar e garantir o seu funcionamento, o pagamento das bolsas estudantis, a execução das obras em curso, o pagamento dos contratos (evitando atrasos nos pagamentos aos terceirizados), a manutenção predial, além de investir em normatizações, políticas e campanhas que evitem o desperdício e tornem a despesa pública mais eficiente".