Para os servidores, a saída dela representa a perda de autonomia da reitora da universidade sobre o hospital escola. Os servidores deram um abraço simbólico e fizeram caminhada dentro do hospital, onde distribuíram panfletos para a população.

“É um absurdo o que ocorreu. Tiraram a autonomia da retora da Ufal. Nós queremos alertar a população para o que isso pode representar no futuro, onde o hospital pode deixar de ser escola”, afirma uma das diretoras do Sindicato dos Trabalhadores da Ufal (Sintufal), Roselma Souza.

O HU enfrenta uma disputa interna de gestão em relação a superintendência do hospital. A situação veio a público após a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH) exonerar Maria de Fátima sem o consentimento da reitora da Ufal. Desde então, o HUPAA está sob o comando de dois gerentes.

"Houve uma quebra de autonomia universitária. A indicação da superintendente deve ser feita pela reitoria, e esse não foi o caso. Acredito que a Empresa deve um pedido de desculpas a reitoria da Ufal", expôs a reitora da Ufal, Valéria Correia.

A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh) esclarece que Maria de Fátima Siliansky foi exonerada do cargo de superintendente do Hospital Universitário Professor Alberto Antunes da Universidade Federal de Alagoas (Hupaa-Ufal) em razão de atitudes contrárias às previstas no Regulamento de Pessoal da Ebserh.

Nesse sentido, a exoneração não interfere na autonomia universitária da UFAL visto que leva em conta a conduta da ex-superintendente. Cabe ainda ressaltar que a indicação de um novo superintendente continua sendo da reitoria da UFAL, que deve observar as formalidades previstas no Contrato de Gestão e nos atos normativos da empresa.

Nesta terça-feira (13), o presidente da Ebserh, Kleber Morais, se reunirá com a reitora da Universidade, Maria Valéria Correia, para tratar da gestão do HU.