Estado aposta em projeto-piloto criado por universitários

08/06/2017 14:59

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Agência Alagoas

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Estreitar laços com a academia e mostrar, na prática, que o serviço público pode ser um fomentador do conhecimento é uma das principais diretrizes do Governo de Alagoas. E é pensando nisso que, cada vez mais, a Secretaria de Estado do Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag) tem procurado exercer um papel junto a estudantes universitários em prol do desenvolvimento local.

Um bom exemplo disso é a parceria que a Superintendência de Produção da Informação e do Conhecimento (Sinc), vinculada à pasta, tem feito com estudantes do curso de jornalismo da Universidade Federal de Alagoas (Ufal), que desenvolveram a Agência Tatu, primeiro portal alagoano de notícias voltado, exclusivamente, para produções que envolvem dados abertos. 

“É muito bom saber que temos o apoio do Governo do Estado no projeto, pois sabemos que há, principalmente por parte da Seplag, uma fonte de dados abertos muito segura sobre informações do Estado. A agência Tatu é a primeira no segmento em Alagoas e, por isso, baseia-se na extração, estruturação, análise e visualização de dados. Esse tipo de parceria é fundamental para o desenvolvimento do jornalismo local e, claro, da disponibilização de informações confiáveis para a população”, conta Graziela França, aluna de Jornalismo e uma das fundadoras da agência.

E, de fato, essa disponibilização de dados já é algo que tem sido entendido pela equipe da Seplag como um compromisso. Atualmente, a pasta conta com diversas plataformas que, entre outras coisas, possuem justamente o papel de dar ainda mais informações – sejam elas socioeconômicas ou orçamentárias – de forma livre e facilitada.  Um exemplo é o Alagoas em Dados e Informações, portal que há cinco anos é a principal referência em temas ligados, principalmente, a economia do Estado.

“Projetos como a Agência Tatu devem e precisam ser apoiados não só pelo Governo do Estado, mas também pela sociedade. É importante que a utilização desse tipo de material seja fomentado, sobretudo em assuntos que são de grande relevância para a população. Nos colocamos a disposição da Tatu primeiramente por acreditarmos no projeto e segundo por sabermos que a publicidade e a transparência das informações públicas é algo fundamental para o fortalecimento de um estado democrático“, explica o superintendente de Produção da Informação e do Conhecimento da Seplag, Thiago Ávila.

A agência Tatu de Jornalismo de Dados tem como prioridade temas de interesse e relevância para a sociedade alagoana, como economia, política, educação, sustentabilidade, segurança, saúde, direitos humanos e ciência e tecnologia. O projeto, conforme os alunos, é estruturado no trabalho conjunto entre jornalismo e dados abertos.

“Começamos timidamente e, aos poucos, estamos buscando novidades para a Tatu. Agora, com os dados disponibilizados no Alagoas em Dados, poderemos ter uma gama ainda maior de informações para compor as matérias produzidas ”, conta uma das participantes do projeto,  Micaelle Moraes.

Mais próximos

Foi com o intuito de estreitar esse laço entre Governo e Academia que encontros entre os colaboradores da Tatu e da equipe da Seplag começaram a ser realizados. Na última semana, por exemplo, os alunos puderam conhecer um pouco sobre os produtos ofertados pela pasta, assim como as plataformas existentes atualmente para disseminar dados e informações.

“Além de toda a história da Sinc, pudemos apresentar ao pessoal da Tatu todo o trabalho e todas as informações que eles poderão, a partir de agora, buscar com o auxilio da Seplag. Apresentamos o Alagoas em Dados e mostramos como ele funciona na prática”, explica o gerente de Estatísticas e Indicadores da Seplag, Roberson Leite.

E se engana quem pensa que dados abertos é coisa de outro mundo ou algo que está tão distante da nossa realidade. Atualmente, Alagoas é reconhecido nacionalmente por ser a 3ª maior fonte de dados abertos do País. De acordo com o Portal Brasileiro de Dados Abertos, o Estado possui 118 conjuntos de dados publicados, com destaque para indicadores socioeconômicos, mapas, informações gerais dos municípios alagoanos, bem como diversos outros índices sobre a região.

“É importante frisar que todos os dados estão disponibilizados em formato que pode ser tratado por pessoas e máquinas. A ideia é que qualquer cidadão possa utilizá-los livremente, reutilizá-los e redistribuí-los, seguindo, no máximo, a exigência de creditar a autoria. Além de trazer melhorias para o serviço público, a política de dados abertos incentiva a criação de novas ferramentas, aumenta a transparência e ajuda na elaboração de projetos para diversos setores econômicos do Estado”, completa Ávila.

Primeira Edição © 2011