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Servidores de 4 órgãos do Estado teriam ingressado irregularmente em mestrado da Ufal

11/05/17 - 12h30
TNH1

Oito servidores do Estado de Alagoas, que não tiveram os nomes revelados pela Polícia Federal, podem ter entrado no Mestrado Profissional em Administração Pública (Profiap) da Ufal, sem precisar realizar o teste da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Administração (Anpad), que é um dos requisitos para o ingresso no curso.

Eles seriam servidores de quatro instituições do Estado de Alagoas: Secretaria de Estado da Saúde, Instituto de Tecnologia em Informática e Informação (Itec), Agência de Modernização da Gestão de Processos (Amgesp) e Agência Reguladora de Serviços Públicos (Arsal).

De acordo com a Polícia Federal, sete professores facilitavam o acesso ao curso de mestrado da Ufal. Em troca, eles recebiam valores através de contratos fictícios e fraudulentos, que totalizaram R$ 108 mil de recursos públicos e que constam no Portal da Transparência do Governo de Alagoas. Os familiares dos docentes também seriam beneficiados com propina e já foram notificados para depor.

A Polícia Federal começou a investigação há cerca de dois meses, mas o esquema fraudulento funcionava desde o ano passado.

Os crimes se enquadram especialmente contra a administração pública e estão relacionados a peculato, corrupção passiva, inserção de dados falsos em sistemas de informática e associação criminosa.

"As investigações ainda permanecem apurando quais são os cargos públicos desses servidores que facilitavam os pagamentos", disse o delegado Antônio Carvalho, responsável pelo inquérito.

Todos os suspeitos foram intimados a comparecer na sede Polícia Federal para os interrogatórios.

A Ufal e o Governo de Alagoas já se pronunciaram sobre a operação e ambas instituições disseram que vão contribuir com as investigações.