Por Carolina Sanches, G1 AL


Bráulio Bessa e Hugo Novaes, poeta alagoano que mediou o encontro na Bienal — Foto: Carolina Sanches/G1

O poeta cearense Bráulio Bessa participa nesta segunda-feira (2) da Bienal do Livro de Alagoas, que acontece no Centro Cultural e de Exposições Ruth Cardoso, no bairro de Jaraguá, em Maceió.

Ele participou de um bate-papo mediado pelo poeta alagoano Hugo Novaes, e falou sobre poesia, literatura e contou um pouco de sua história. “Não escrevo para impressionar. A literatura de cordel me permite escrever para emocionar”, destacou.

Ao falar sobre a importância da leitura, Bessa disse que ela tem um poder transformador. “Quando a gente fala em transformar, está muito ligado em libertar. A transformação muitas vezes é de alguém que está preso a um mundo limitado e a leitura abre muitas portas”.

Bessa contou que teve o primeiro contato com poesia com 14 anos em um trabalho de escola que fez sobre a vida de Patativa do Assaré, que se tornou sua inspiração.

“Naquele momento eu vi que a palavra é libertadora e transformadora e eu coloquei na minha vida que ia ser poeta”, falou.

A literatura de cordel me encanta principalmente por um mito que existe em cima de que as pessoas acham que é poesia muito simples. Pelo contrário, é a modalidade poética mais complexa de se construir, cheia de regras na rima e métrica. E ao mesmo tempo é muito simples na comunicação”.

Bráulio Bessa ressalta influência da literatura de cordel na vidade de estudantes nordestinos — Foto: Carolina Sanches/G1

“O que eu faço é com muito sentimento e por isso que o cordel me encanta por ter essa carga tão emocional de ser tão complexa de ser construída e ser tão simples de se comunicar”.

O poeta também falou sobre o lançamento da Academia Alagoana de Literatura de Cordel, que aconteceu no sábado (30). “É um movimento muito importante. Nós somos multiplicadores da cultura e cobramos muito que o povo não consome a literatura de raiz e a partir do momento que o artista luta para isso, é que a gente vai ver o resultado”, comentou.

Além de poeta e escritor, Bráulio também é declamador e palestrante, além disso é consultor da cultura nordestina do programa Encontro com Fátima Bernardes.

Poesia nas redes sociais

A escolha para mediar o debate não foi aleatória, o alagoano Hugo Novaes mantém um perfil no Instagram há um ano para declamar poesias e levar a arte de forma mais fácil a todo mundo, o @1tema1minuto1poema.

“Escrevo poema desde 8 anos de idade e desde esse tempo venho escrevendo. Minha vó era poetiza e sempre fui estimulado pelos meus pais”, falou.

Para ele, a internet é um instrumento para que as pessoas tenham acesos a arte. “É formidável não só para que eu expunha minha arte, mas outros artistas façam isso”, disse.

O escritor ressaltou a necessidade de apoio em Alagoas. “Acho que nesse estado, como todo nordeste é muito rico em escritores, mas que precisa ser mais valorizado”, completou.

Intérprete de Libras (à esquerda) torna bate-papo acessível a deficientes auditivos — Foto: Carolina Sanches/G1

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