Martinho da Vila fala sobre novo livro e palestra em entrevista coletiva — Foto: Felipe Brasil/Gazeta de Alagoas
"O racismo precisa ser combatido no dia-a-dia. E na minha opinião, o melhor combate ao racismo é a conquista", disse o cantor e escritor Martinho da Vila durante uma entrevista coletiva na tarde desta quinta-feira (28), em Maceió.
Neste sábado (30), o artista lança seu livro "Conversas Cariocas" e participa do "Ciclo Nacional de Conversas Negras" na 8ª edição da Bienal do livro em Alagoas. Clique aqui para conferir a programação da Bienal.
Na entrevista, Martinho falou principalmente sobre a importância do debate sobre racismo em Alagoas.
"Uma das coisas que vem funcionando muito contra o racismo é o debate, porquê se discute esse assunto. Um assunto que passou anos e anos sem ser falado. É um trabalho [combate ao racismo] que tem que ser feito, devagar", explicou.
Convidado para bater um papo sobre a temática do racismo, Martinho citou Nelson Mandela ao afirmar que "o racismo é uma doença curável. "Ninguém nasce racista. O racismo é formado. É ensinado. Racistas foram formados em famílias racistas e sociedades racistas", expôs.
Literatura
O artista ainda falou de seu novo livro "Conversas Cariocas", que é formado por um conjunto de crônicas que ele escreveu para uma coluna de um dosjornais do Rio de Janeiro.
"É uma escrita semanal sobre o que estava acontecendo naquele momento. Casos do meu cotidiano. Então, no livro tem os mais variados assuntos", disse.
A professora e membro do Instituto Raízes de Áfricas, Arísia Barros, falou que a ideia principal de convidar o artista para discutir o tema foi trazer mais visibilidade para o assunto.
"Martinho é uma grande expressão. Quando a gente busca discutir o racismo, a gente precisa criar estratégias. Martinho da Vila falando de racismo muitas pessoas vão ouvir, e isso repercurte", falou Arísia.
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