Preso suspeito de assaltar estudantes da Ufal e estuprar aluna, em Rio Largo
Um homem foi preso em flagrante nesta segunda-feira (27) suspeito de ter roubado estudantes da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) e ainda estuprado uma aluna do grupo durante uma aula de campo no último fim de semana. A prisão foi em Rio Largo, Região Metropolitana de Maceió, e a informação foi confirmada ao G1 pela Polícia Civil.
José Samuel dos Santos, 33, foi capturado próximo ao conjunto Barnabé Oiticica, na Mata do Rolo, após buscas e levado para o 12º Distrito Policial (12ºDP) de Rio Largo, onde foi ouvido pelo delegado Marcos Lins e permanecerá preso.
O caso foi registrado no sábado (25) e o grupo de vítimas era formado por sete alunos, sendo três mulheres, do Centro de Ciências Agrárias (Ceca). Eles estavam acompanhados ainda de um motorista, responsável por dirigir uma van da Ufal, quando foram surpreendidos pelo criminoso armado.
De acordo com a polícia, ele é morador de rua e nega o estupro. No momento da prisão, José Samuel estava com alguns dos pertences que haviam sido roubados dos alunos.
O delegado Marcos Lins afirmou que as vítimas reconheceram uma tatuagem na mão do homem, assim como a voz do suspeito.
"A vítima que foi estuprada disse que olhou bem para os olhos, para o nariz, a parte que era visualizada por ela e que foi possível observar. As características físicas, a voz. Somente pela voz com conversas paralelas, foi casando com a questão do reconhecimento facial", esclareceu o delegado.
A polícia descobriu ainda que ele já tinha sido condenado a 12 anos de prisão por um assassinato, e que na época ele chegou a dar uma identidade falsa, mas foi confirmado em seguida de que se tratava da mesma pessoa por conta da digital.
Há três anos, José Samuel está em liberdade condicional porque conseguiu ir para o regime semiaberto. Contudo, como não estava comparecendo ao Fórum para dar satisfações à Justiça, ele teve a liberdade revogada no mês passado.
Os nomes das vítimas não foram divulgados, mas, segundo o 8° Batalhão da Polícia Militar (8° BPM), todas são maiores de idade.
Ufal cobra investigação
Horas após o ocorrido, a reitora da Ufal, Maria Valéria Costa Correia emitiu uma nota lamentando a violência e informando que a universidade está dando todo o apoio aos estudantes e a investigação policial.
Na nota, a reitora destacou que a comunidade acadêmica está em profundo choque e que repudia o ataque sexual contra a estudante. E que diante da gravidade do caso todas as vítimas terão a disposição apoio médico e psicológico.