Por G1 AL


Conselho aprovou criação de cotas para cursos de pós-graduação na Ufal — Foto: Derek Gustavo/G1

O Conselho Universitário da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aprovou, de forma unânime, uma resolução que cria cotas para negros, indígenas e portadores de deficiência nos programas de pós-graduação da instituição. A informação foi divulgada nesta terça-feira (11).

A medida foi fundamentada na legislação da universidade que define as políticas de ações afirmativas.

Pela norma aprovada, os programas de pós-graduação stricto sensu e lato sensu deverão reservar as vagas na seguinte proporção: 20% para negros; 10% para indígenas; e 10% para candidatos com deficiência. Os critérios para o reconhecimento do direito às cotas também foram definidos.

A aprovação aconteceu na segunda (10), no dia de aniversário dos 70 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Durante a sessão extraordinária, que durou mais de 3h, a reitora Valéria Correia destacou a forma coletiva de construção da medida coordenada pela professora Lígia Ferreira, do Núcleo de Estudos Afro-brasileiros (Neab), em parceria com o Núcleo de Acessibilidade (Nac).

“Agradeço aos movimentos negros aqui presentes, aos estudantes, aos professores que fizeram parte da comissão, em especial à professora Lígia. Agradecemos aos conselheiros pelo profundo debate deste tema. Hoje, dia da Declaração Universal dos Direitos Humanos, a Ufal escreve um capítulo importante da sua história”, ressaltou a reitora da Ufal.

O vice-reitor da UFAL, José Vieira, destacou a ação como um avanço na diminuição da discriminação à população negra. “Hoje, 130 anos após a abolição da escravatura, a Ufal deu mais um passo para superar a dívida social histórica com o povo negro deste país”.

Deseja receber as notícias mais importantes em tempo real? Ative as notificações do G1!
Mais do G1