Alagoas

Pesquisadores da Ufal desafiam a ciência em busca da cura para ELA

De acordo com a Fapeal, o laboratório deverá servir para investigar outras patologias clínicas no futuro

12/01/18 - 09h53
Reprodução

A Ufal recebeu mais de R$ 2 milhões para construir um laboratório de pesquisa com células-tronco para combater a Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Em Alagoas, os médicos têm observado que o número de casos da doença tem aumentado, apesar de não haver pesquisas que comprovem o crescimento.

De acordo com o pesquisador da Fundação de Amparo a Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), Marcelo Duzzioni, o laboratório será pioneiro no estado e deverá servir para investigar outras patologias clínicas no futuro.

“O nosso objetivo é pegar essas células-tronco de pacientes com ela, diferenciá-las em neurônios motor, uma vez que a doença afeta esse grupo de neurônios, e investigar se fármacos interferem no seu desenvolvimento e se isso pode ser uma alternativa ao tratamento atual que existe”, explicou Duzzioni.

Doença descrita na literatura médica desde o século 19, a ELA apresentou os maiores avanços na pesquisa de combate em 2015, quando a medicina descobriu “proteínas anormais” que podem lesar os neurônios, associados à doença.

Por ano, de duas a seis pessoas são diagnosticadas com ELA, a cada grupo de 100 mil habitantes. Em Alagoas, ainda não se sabe quantas pessoas têm a doença, mas os pesquisadores tem percebido crescimento no Estado.

“A gente não pode afirmar, porque nós pesquisadores trabalhamos com dados produzidos a partir de estudos e pesquisas, então não temos nada feito ou publicado a esse respeito, mas temos essa impressão. Então temos que investigar”, pontuou o pesquisador.

Em Alagoas, os casos mais conhecidos da doença são o do médico Hemerson Casado e o do jornalista Carlos Miranda. O caso mais recente diagnosticado é o do também jornalista, Marcelino Freitas Neto.

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