Cidades

Transtorno afasta profissionais da Educação

Pesquisa aponta que doença de fundo emocional atinge 68,1% dos trabalhadores dessa área em Arapiraca

Por Davi Salsa com Sucursal Arapiraca 12/05/2018 10h04
Transtorno afasta profissionais da Educação
Reprodução - Foto: Assessoria
Em Arapiraca, os problemas de saúde, sobretudo os de origem emocional, têm sido os maiores vilões para o afastamento de professores em sala de aula. Uma pesquisa realizada enfermeira Leilane Camila, no Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal) aponta que 68,1 dos trabalhadores da Educação em Arapiraca. Recentemente, o presidente do Núcleo Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas (Sinteal/Agreste), André Luiz da Silva, e o vice-presidente Paulo Henrique estiveram na Câmara Municipal, para debater com os vereadores os problemas e os maiores desafios da categoria em Arapiraca. Na sabatina com os vereadores, entre outros assuntos, André Luiz revelou que o sindicato está preocupado com o crescente número de professores com problemas de origem emocional. Doenças como a Síndrome do Pânico e a depressão afetam diretamente os educadores no local de trabalho. Doença acomete mais os professores A pesquisa feita pela enfermeira Leilane Camila mostra que, de todas as categorias de servidores pesquisados no município de Arapiraca, os professores são os que mais sofrem esses tipos de transtornos. O estudo avaliou as fichas médicas de 816 servidores que estavam fora do trabalho por problemas de saúde. A pesquisa mostrou que 693 mulheres haviam solicitado afastamento e apenas 123 homens estavam em licença temporária. Ainda de acordo com o levantamento, do total de 816 servidores, os professores lideram as estatísticas com 474 pedidos de afastamento para tratar da saúde. A amostragem feita pela enfermeira Leilane Camila revela que 68,1 % dos trabalhadores da Educação afastados da escola por conta de transtornos mentais inclui professores, coordenadores e pessoal do apoio técnico e administrativo. Quando separada por função, 47% dos professores pediram licença médica, em razão de problemas de origem emocional, e 58,1% solicitaram afastamento do trabalho por conta de outras doenças. O resultado da pesquisa foi informado aos diretores do Núcleo Regional do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado de Alagoas, em Arapiraca, para que os problemas apontados estejam na pauta de reivindicações da categoria perante diretores de escolas e prefeituras da região.